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domingo, 18 de agosto de 2013

Delegado suspeito de matar jovem continua trabalhando


Thiago de Souza Martins morreu no último dia 13Record Minas

Três meses depois do crime, dois policiais continuam como suspeitos de atirar em um jovem que morreu após uma confusão em um bailão sertanejo na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O depoimento de uma funcionária e o exame de balística podem, finalmente, ajudar a polícia.

O delegado Gustavo Garcia Assunção, apontado por testemunhas como o atirador, indicou um policial militar que trabalharia irregulamente como segurança da casa como autor do crime. Segundo uma funcionária ouvida pela polícia, entretanto, o militar estaria de folga na noite do crime.

Se a versão for comprovada, o Gustavo Garcia se torna o principal suspeito pela morte de Thiago, que morreu na última semana após três meses internado. 

O sargento Sérgio atuaria irregularmente como segurança da casa de shows. Mas, de acordo com a irmã da vítima, Fernanda Martins, 26 anos, uma funcionária disse que o militar estava de folga no dia da confusão.

— Um policial foi até o Bailão e ouviu de uma funcionária que o Sérgio estava de folga. O Gustavo falou que foi o Sérgio que atirou, mas ele não apareceu, nem sei o nome todo dele.

As investigações se arrastam há três meses na Corregedoria-Geral da Polícia Civil, mas até hoje não houve conclusão do inquérito. Segundo o delegado Daniel Teixeira, já foram ouvidas 58 testemunhas e recolhidas três armas para exames. Onze perícias e 33 ofícios foram realizadas. Enquanto isso, o delegado Gustavo Assunção, filho do dono do bailão, o empresário Marcos Assunção, continua trabalhando na 3ª Delegacia de Ribeirão das Neves e recebendo normalmente, segundo o Portal Transparência do Governo de Minas Gerais. 

O exame de balística pode definir a questão. Com a morte do jovem, a polícia retirou o projétil que ficou alojado na cabeça de Thiago Martins. O laudo deve ficar pronto no próximo mês.

O crime

Além de Thiago de Souza, o irmão dele, Elias Souza Martins, de 18 anos, ficou ferido por um pedaço de garrafa no meio da confusão ocorrida durante o Bailão Sertanejo.

No dia, 6 de maio de 2013, a irmã das vítimas apontou o filho do dono da casa de shows como o responsável por atirar no irmão. O delegado alegou que um PM foi o autor. Ele contou que os tiros aconteceram durante uma discussão entre o policial e a vítima. Porém, um jovem, que não quis se identificar, afirmou que o delegado estava armado e ameaçando as pessoas durante a festa. A testemunha disse ainda que policiais militares que estavam no local tentaram acalmá-lo, mas que ele estaria exaltado e chegou a agredir outras pessoas.

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