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sábado, 14 de maio de 2016

Aluno do curso de Enfermagem apresenta projeto de monografia sobre saúde indígena

Karlos Luan Gomes Cavalcante, aluno das Faculdades INTA, apresentou o projeto de qualificação para conclusão do curso de Enfermagem sobre saúde indígena. Orientado pela prof. Dra. Eliana de Araújo Aragão, o projeto aborda o tema “Desafios encontrados pela equipe de enfermagem na atenção a saúde indígena no município de Pacatuba”.
Atualmente o território nacional é ocupado por cerca de 12% de povos indígenas, presente em todo território brasileiro, exceto no Piauí e Rio Grande do Norte, uma estimativa de 350 mil pessoas, pertencente a cerca de 210 povos que falam mais de 170 línguas identificadas.

O interesse pelo tema surgiu pelos questionamentos sobre os desafios enfrentados pelos profissionais à assistência indígena. E como a medicina alternativa pode ajudar na medicina convencional.
Para os índios a saúde está intimamente relacionada com a terra e o equilíbrio da natureza. A saúde para os povos indígenas é uma construção coletiva. “Há uma luta junto ao poder público para obter um espaço privado para assistência à saúde indígena”, destacou o aluno.

A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, aprovada em 2007, afirma que “os povos indígenas têm direito a suas próprias medicinas tradicionais e a manter suas práticas de saúde, bem como desfrutar do nível mais alto possível de saúde, e os Estados devem tomar as medidas necessárias para atingir progressivamente a plena realização deste direito” (art. 24).

A aldeia escolhida

As terras indígenas Pitaguarys, ficam localizadas nos municípios de Maracanaú e Pacatuba, contabilizando uma população de aproximadamente 2.000 mil pessoas distribuídas por 537 famílias. Dispõem de 1.735 hectares de terra em processo de demarcação, que iniciou no ano de 1991, sendo feito as etapas de identificação e delimitação da área.

“Foi muito desafiador. Pouco se fala da saúde indígena, e eu precisava encarar isso”. A aproximação com a enfermeira que atende a aldeia facilitou o contato com a população indígena. Luan foi o primeiro acadêmico a ir à aldeia “Eu dancei a Torá!”, fala todo orgulhoso e entre risos. Ele espera ansioso o dia em que voltará à aldeia (setembro de 2016) e coletará os dados finais para a conclusão da monografia.

Gisélia Silveira
Sobral News

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