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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Advogado de PMs acusados da chacina diz que provas são frágeis e que a prisão deles foi "descabida"

Em entrevista exclusiva ao programa “Ceará News” na Rede Plus de Rádio FM na manhã desta quarta-feira (7), o assessor jurídico da Associação dos Cabos e Soldados do Ceará (ACS-CE), Messias Bezerra, contesta a denúncia formulada pelo Ministério Publico e pelo inquérito instaurado pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD), que levou à prisão de 44 PMs. Todos são acusados de envolvimento na chacina de Messejana, que deixou 11 mortos e dois feridos em novembro do ano passado.

Segundo o advogado, as provas colhidas, ou, ao menos, colocadas nos autos, são frágeis e não se sustentam. Ele questiona, por exemplo, o fato de terem sido fotografas placas que seriam de carros dos policiais suspeitos. Os veículos teriam sido vistos na noite do dia 11 e na madrugada do dia 12 de novembro circulando por ruas na Messejana, próximas aos locais onde as 11 pessoas foram baleadas e mortas. “Isso prova o quê?”, indaga.

Ameaças?

O advogado informa, ainda, que considera “descabida” e “desnecessária” a decretação das prisões preventivas dos policiais, já que em nenhum momento é relatado na denúncia do Ministério Público, ou no relatório do Inquérito Policial, que testemunhas, vítimas ou seus familiares estejam sendo alvo de ameaças ou, que, ainda, haja a intenção de destruição de provas, por exemplo.

O representante jurídico afirma também que o Ministério Público apenas corroborou com as conclusões da investigação feitas pela Controladoria e, por fim, pediu a decretação das prisões. Ele adiantou que, nos próximos dias, recursos serão encaminhados à Justiça para que sejam revogadas as prisões dos militares investigados e já denunciados.

Por FERNANDO RIBEIRO/LAYANNA VASCONCELOS/LUCIANO AUGUSTO

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