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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Chefe de gabinete de Camilo Santana faz ameaça a policiais civis em greve e diz que Governo já concedeu aumento e promoções

A "queda-de-braço" entre o Governo do Estado e os policiais civis em greve teve mais um capítulo nas últimas horas. Com o governador Camilo Santana (PT) omisso e silente diante dos fatos, coube a seu chefe de Gabinete vir a público manifestar a versão do Palácio da Abolição. E Batista já chegou ameaçando. “os policiais grevistas serão investigados”.

Em entrevista ao jornal Diário do Nordeste, o chefe de Gabinete foi enfático ao afirmar que, “O governo vai buscar a aplicação da lei. O Ministério Público, que é o responsável pelo controle das polícias, vai fazer a parte dele. E a Controladoria Geral de Disciplinam que existe de forma autônoma, também tem a responsabilidade de apurar esses casos”, disse o servidor.

Élcio Batista foi mais longe na intimidação aos policiais que estão de braçois cruzados há quase três semanas. “Grande parte da categoria não concorda com a greve. As forças de segurança do País não podem fazer greve, é vedado pela Constituição. O movimento agora está tão rachado que seis diretores do sindicato pediram para sair. Isso é uma demonstração de que é uma minoria que quer continuar (a greve)”.

O chefe de Gabinete também contestou a informação de que os policiais estão sem reajuste. Segundo ele, os servidores tiveram sim seus vencimentos reajustados e também foram promovidos. Em um documento, ele revelou que 1.944 policiais, entre inspetores e escrivães, das classes especial, 3ª e 2ª, tiveram reajustes que variaram entre 2 a 29,36 por cento em setembro, quando ocorreram as promoções. Porém, outros 1.009 (da 4ª classe) ficaram sem aumento. Ainda de acordo com Batista, o reajuste custou ao Estado um acréscimo de R$ 49,5 milhões na folha de pagamentos do Governo Estadual.

Desmente

Do lado oposto, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Lucas Oliveira, rebateu as declarações do porta-voz do governador petista. Segundo ele, 40 por cento do efetivo da Polícia Civil ficou sem qualquer reajuste salarial neste ano. “Quem entrou na Polícia Civil em 2013 já não teve aumento. Não houve majoração de um real no salário deles”.

“O governador Camilo diz que a Polícia Civil é uma categoria de nível médio, mas desde 2008 há exigência de nível superior para ingressar na carreira”, argumenta. E fala sobre as ameaças do assessor. “Não sei por que o Estado ressalta tanto essa ilegalidade (da greve), enquanto atua de forma ilegal em diversos pontos dentro da própria Polícia Civil. Quando mantém presos nas delegacias, está agindo na ilegalidade”.

Ainda de acordo com o presidente do Sinpol, “os policiais estão sendo assediados, ameaçados de transferência e de demissão”. 
 
Fonte: Blog do Jornalista Fernando Ribeiro

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