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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Bebê de três meses morre à espera de remédio em falta em Fortaleza

Bebê estava internado no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza.
Um bebê de apenas três meses morreu nesta terça-feira (5) no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza à espera de um remédio em falta. Os familiares acusam a unidade de negligência - por não fornecer um medicamento necessário para o tratamento da criança. Riquelme Souza não resistiu a uma infecção generalizada.

"Um hospital daquele de referência não tinha uma medicação pra chegar uma criança do jeito que ele pra tomar uma medicação?! Não tinha?! Aí é de revoltar. Porque está aí, perdi meu filho. Por causa de uma medicação", desabafa, indignada, a mãe da criança, Patrícia Santana.

A revolta da mãe é a mesma da avó da criança, Marlene Arruda. "Realmente eu acho que o meu neto morreu por falta de um atendimento médico, de um recurso melhor lá dentro. Justamente essa infecção generalizada que deu nele, de uma hora pra outra", disse.

De acordo com a secretária-adjunta da Saúde do Estado, Isabel Cavalcante, o medicamento é de alto custo e que a chegada do remédio ao Ceará demanda muito tempo pelo fato de não ser produzido no Brasil. Ela reforça que não houve demora.

Riquelme nasceu com hiperinsulinismo, que é um distúrbio na regulação da insulina. Os médicos dizem que esse problema causa a hipoglicemia: o baixo nível de açúcar no sangue. Por isso, ele precisava do "Proglicem" para ser tratado.

Enquanto a família não recebia o remédio, a criança teve que ser internada. De acordo com a família, o bebê ficou internado durante dois meses e 21 dias no Hospital Albert Sabin. Durante esse tempo pegou três infecções. Os familiares dizem que a última foi mais forte e ele não resistiu.

Durante a internação, a família lutou para que a criança conseguisse o medicamento que o bebê precisava. Segundo a avó, o ele morreu porque não foi submetido a um tratamento adequado.

“Quantas crianças não vai morrer pela falta de medicação lá? se o meu neto morreu, fora os outros que já morreu. Aliás, não foi o primeiro neto que faleceu lá não, meu. já morreu outro. Tá com nove meses que faleceu um neto meu lá."

Os familiares chegaram a entrar na Justiça. Por meio de uma liminar, receberam o remédio. Mas, a caixa permaneceu fechada. “Ontem [segunda-feira] eu recebi a medicação, mas o meu filho nem deu pra usar a medicação por causa da infecção que ele teve do hospital. A caixa ficou fechada".

O pai da criança, Tiago de Souza, diz que não sabe o que dizer e a dor é grande. Como outros familiares ele culpa a direção do hospital.

"Eu não tenho nem palavras pra explicar nesse momento o que eu estou passando. Eu não desejo pra ninguém. É uma dor horrível que eu estou sentindo nesse momento. Eu não tenho palavra não, mas o que eu tenho a dizer que é cem por cento a culpa é daquele hospital."

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