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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Bolsonaro se diz vítima de campanha para "assassinar" sua reputação

Reportagens da Folha de S. Paulo colocaram sob suspeita evolução patrimonial do deputado e citam o recebimento de R$ 730 mil em auxílio-moradia para ele e um dos filhos desde 1995.

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e seus filhos que exercem mandato se manifestaram em redes sociais nesta segunda-feira (8) sobre reportagens da Folha de S.Paulo relativas à multiplicação do patrimônio da família e ao recebimento de auxílio-moradia. O jornal afirma que enviou 32 perguntas aos parlamentares na semana passada, mas não houve resposta.

Por meio do Twitter, Jair Bolsonaro postou ao menos quatro mensagens nesta segunda. “O Brasil vive a maior campanha de assassinato de reputação de sua história recente protagonizada pela grande mídia. Chega a ser cômico, com tanto escândalo e crime dentro da política, a pauta são minhas ações lícitas. Escolheram viver no mundo da fantasia onde eu seria o mau”, escreveu o deputado federal.

“A realidade é dura para meus adversários. Precisam se conter em apontar pra mim e me chamar de bobo e feio, enquanto suas opções são bandidos, criminosos, mau caráter, corruptos, canalhas, desonestos, e por aí vai”, acrescentou.

Mais tarde, ele publicou um vídeo com a legenda “minha declaração sobre patrimônio em 2016”, em que usa como defesa o fato de o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ter arquivado em uma canetada uma denúncia anônima sobre sua declaração de bens em 2014.

As publicações de Bolsonaro, porém, não abordam quase nenhum dos pontos relativos à sua evolução patrimonial. Em postagem anterior, na noite de domingo (7), ele havia falado em calúnia.

A Folha de S.Paulo mostrou em reportagem publicada no domingo que os quatro parlamentares – Jair Bolsonaro e Eduardo, ambos deputados federais, além de Carlos e Flávio, vereador e deputado estadual no Rio de Janeiro, respectivamente – são donos de 13 imóveis na capital fluminense e em Brasília, com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões.

O jornal elencou questionamentos sobre os bens e o recebimento de auxílio-moradia, entre os quais se eles consideram o patrimônio compatível com os ganhos de quem se dedica exclusivamente à política.

Em reportagem desta segunda, a Folha de S.Paulo ainda revelou que Bolsonaro e seu filho Eduardo recebem mensalmente R$ 6.167 de auxílio-moradia mesmo com imóvel em Brasília. O presidenciável recebe o benefício desde outubro de 1995. Ao todo, os dois já embolsaram, até dezembro passado, R$ 730 mil, já descontado Imposto de Renda.

Os filhos do presidenciável também se manifestaram. “Gostaria de ver a mídia fazendo levantamento de bens no mesmo estilo com outros presidenciáveis, e nem precisa somar com patrimônio de filhos, cachorro, papagaio para induzir e prejudicá-lo não. De boas, afinal teríamos de saber de todos. Isso aqui não é democracia imparcial”, disse Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que é vereador no Rio.

“No aguardo, mas tem que ser num domingo sem querer também! Tá “serto”?! Mas tem que ignorar data de compra, fingir que não sabe somar e fazer uma manchete bem isenta também!”, completou.

Eduardo (PSC-SP), também deputado federal, publicou mensagem se lembrando de um episódio de 2015. “Na foto @FlavioBolsonaro mostra em 2015 documento do PGR Janot arquivando denúncia contra Bolsonaro por “suspeitas sobre suas casas” devido a “ausência de elementos indiciários mínimos que apontem para a prática de ilícitos penais do parlamentar”. Em 2015!!!”

“Até o momento a @folha não se conforma com a sequer abertura de processo contra Bolsonaro por conta de imóveis. O PGR arquivou: “não existem indícios mínimos de ilícito”‘, acrescentou. “Folha de SP, me chama de corrupto, porra!”

Eduardo também chamou as reportagens de “tendenciosas”. “A matéria da @folha é tão tendenciosa q nem considerou o boom imobiliário de 2010/11 ocorrido no Rio por conta da Copa e Olimpíadas. E no final diz “tudo foi legal”. Ridículo”.

Já Flávio (PSC-RJ), deputado estadual no Rio, escreveu apenas uma vez. “O problema não é quem declara o patrimônio, alcançado licitamente. Mas sim quem esconde o seu, em nome de laranjas ou em malas de dinheiro. Vão atrás dos corruptos, p...”.

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