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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

CENTRO POP de Sobral trata moradores de rua como "lixo"; vídeo

O que deveria ser acolhedor, virou referência de preconceito, humilhação e desrespeito tanto com funcionários, quanto com os usuário em situação de rua.

Nos últimos dias o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua de Sobral, no Ceará (Centro Pop), vem se envolvendo em vários escândalos. Além do atraso no pagamento dos servidores, e do assédio moral sofrido pelos funcionários, o prefeito Ivo Gomes cortou recursos e tirou o carro que transportava a equipe que faz o monitoramento noturno dos moradores de rua.
Como se não bastasse o assédio moral e as condições insalubre de trabalho, o local não tem condições estruturais para acolher, nem tem dormitório para pernoite dos usuários, que inclusive estão sendo rejeitados e estão se afastando e deixando de procurar o serviço. O reflexo disso se nota nas ruas de Sobral, que hoje serve de moradia para cerca de 200 pessoas entre homens e mulheres, expostos a doenças e a violência urbana.


“Estou me sentindo um lixo e com minha auto estima pra baixo”, relata Maria Conceição Pereira. Ela é moradora de rua faz dois anos, e teve seu cadastro rejeitado pela coordenadora Cinthia Mesquita. Já para Raimundo Evaldo, morador de rua há 12 anos, o Centro Pop discrimina os usuários e trata-os como cachorro. “Lá a gente passa por constrangimento no café da manhã, e somos humilhados pela coordenadora Cinthia até para conseguir tomar um banho”’. Segundo os usuários, a atual coordenadora não tem perfil para o cargo, ela e a psicóloga tem nojo deles e os tratam sem amor.

O Centro Pop de Sobral está muito longe de atender a realidade da demanda local nem das normas da Secretaria Nacional de Assistência Social. A instituição não tem capacidade de assegurar o atendimento de até 80 famílias/indivíduos por mês, como manda a norma do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Cuidar dos pobres e garantir a vida foi uma das principais promessas de campanha do atual prefeito Ivo Gomes (PDT). Não parece ser essa a realidade da atual gestão.

As principais razões pelas quais essas pessoas estão em situação de rua, segundo pesquisa nacional, são: 
Alcoolismo/drogas (35,5%);
Desemprego (29,8%);
Desavenças com pai/mãe/irmãos (29,1%);

88,5% não é atingida pela cobertura dos programas governamentais, 
67% são negros; 
70,9% exercem alguma atividade remunerada e apenas 15,7% pedem dinheiro como principal meio de sobrevivência; 
24,8% não possui qualquer documento de identificação; 
61,6% não exerce o direito de cidadania elementar que é o voto;

Conheça alguns princípios da atenção que devem ser ofertadas no Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

* Ética e respeito à dignidade, diversidade e não-discriminação 

* Especialização e qualificação no atendimento 

* Acesso a direitos socioassistenciais 

* Organização, Mobilização e Participação Social 

* Trabalho em rede 

* Relação com a cidade e a realidade do território 


Fonte: Wellington Macedo

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