Policiais militares acusados do desaparecimento do frentista João Paulo Sousa Rodrigues, em 2015, voltaram a ser presos preventivamente, na última sexta-feira (23), e encontram-se recolhidos no Presídio Militar. Além dos PMs, o Ministério Público do Ceará pediu a prisão preventiva do dono do posto de combustível onde a vítima trabalhava, suspeito de ser o mandante do crime.
Conforme a denúncia do MPCE, o empresário é suspeito de ter contratado os PMs por suspeitar que o frentista estava envolvido em um roubo no estabelecimento. Mensagens e ligações analisadas pelo órgão reforçaram a tese. A suspeita sobre o frentista é devido ao fato de o antigo local onde ele trabalhava ter sido assaltado mais de cinco vezes.
O MPCE acredita que os acusados façam parte de uma milícia e que já haviam cometido outros assassinatos, inclusive queimando os corpos das vítimas.
As investigações do MPCE também apontaram que o dono do posto estava dentro do carro em que o frentista foi colocado pelos policiais antes de sumir. O veículo, um Fiat Uno, era de um dos policiais envolvidos no crime, conforme o MPCE.
As prisões foram decretadas no dia 20 de fevereiro pela juíza da 1ª Vara do Júri, Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, atendendo a pedido do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça do Júri. Os agentes de segurança foram presos, mas o proprietário do posto não foi localizado e é considerado foragido.
Com a redistribuição, o titular da 1ª Promotoria de Justiça do Júri, Marcus Renan Palácio, adiciou a denúncia inicial que acusava os policiais por extorsão mediante sequestro, seguida de morte. Com a inclusão, os PMs foram acusados dos crimes de sequestro, tortura, homicídio e roubo da moto do frentista.
As prisões preventivas dos PMs e do empresário foram solicitadas argumentando a periculosidade e os antecedentes criminais dos acusados. Os policiais, segundo o MP, respondem a vários processos criminais, inclusive outros homicídios, e já haviam sido presos preventivamente em 2015. No dia 21 de setembro de 2016, foi concedida liberdade provisória com monitoramento eletrônico aos quatro agentes.
G1
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