Na esteira da morte do policial militar Raphael de Oliveira Monteiro, baleado na cabeça enquanto fazia patrulhamento em Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na tarde de sexta-feira, o tenente coronel da PM do estado Milton Corrêa da Costa escreve no Globo:
“O elemento surpresa, tática muito usada em guerras de guerrilha e agora na guerra urbana, associado ao alto grau de ousadia e letalidade do banditismo é a principal causa da morte de policiais militares, tornando tais agentes vulneráveis aos ataques de surpresa dos fuzis de guerra.
O inimigo é oculto e o policial fica em situação de vulnerabilidade, no contexto da difícil guerra urbana, estando identificado pela viatura e pelo uniforme, o que o torna um alvo muito visível. Quando de folga e identificados, mesmo armados e reagindo à ação marginal, também ficam em situação de inferioridade tática, pois confrontam contra grupos de delinquentes (‘bondes’) cuja finalidade, na ação criminosa, passa a ser a eliminação física do policial.
Já chega a 30 o número de policiais militares mortos este ano no Estado. No ano passado ultrapassou 130, sem falar nos que resultam feridos. Uma barbárie permanente. Uma chacina em conta-gotas onde a ação marginal é empreendida a qualquer hora, em qualquer lugar. Números jamais vistos, em tempos de paz, em nenhuma instituição policial no mundo.
Há que se entender que enquanto houver narcoterroristas empunhando fuzis de guerra ( não se sabe quantos), circulando em morros e favelas, não haverá paz social. (…)”
O ANTAGONISTA
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