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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Brasileiros são os profissionais que menos mentem no currículo

Segundo o estudo internacional Lacuna de Habilidades, os brasileiros são os menos inclinados a mentir na hora de preparar o documento.
O mercado de trabalho no Brasil ainda sofre as consequências das crises econômica, política e social em muitos aspectos, principalmente quando se trata de empregabilidade. A Udemy, plataforma global de treinamento on-line, conduziu o estudo Lacuna de Habilidades para identificar as preocupações dos profissionais brasileiros frente a outros países onde a pesquisa também foi conduzida: Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos e México.

A conclusão: os brasileiros são os que menos mentem para conseguir emprego.

Os problemas econômicos expuseram, nos últimos anos, uma forte competitividade no mercado de trabalho e destacar-se entre os muitos candidatos para uma única vaga tornou-se fundamental.

Mas, de acordo com a pesquisa, os brasileiros e os franceses (ambos com 10%, ou um a cada 10 entrevistados) são os menos prováveis a mentir no currículo, no LinkedIn ou mesmo nas entrevistas, enquanto que os espanhóis (24%) e mexicanos (21%) são os mais propensos a divulgar informações não verdadeiras para avançar na carreira.

Essa competitividade tem um impacto direto nas expectativas de crescimento no emprego. O relatório diz que, no Brasil, 45% dos profissionais abaixaram suas expectativas com relação às possibilidades de carreira nos últimos anos. Já os trabalhadores alemães e americanos, são 37% e 39%, respectivamente.

Em nível geral, os trabalhadores em todo o mundo estão cientes de que existe uma falta de habilidades em relação ao que o mercado de trabalho atual exige. O Brasil é o país onde essa crença ganha mais força, com 98% dos trabalhadores acreditando que esse déficit de conhecimentos realmente existe. Na Espanha, por exemplo, este índice é de 65%.

“Estudos como esse Lacuna de Habilidades nos permitem aprender as diferenças entre os mercados e ver o que preocupa os trabalhadores em um país mais do que o outro”, diz Sergio Agudo, country manager da Udemy para o Brasil. “Para a Udemy, como uma plataforma global com estudantes em mais de 190 países, saber como oferecer uma solução específica para as particularidades de um mercado é vital para ficar um passo à frente quando se trata de treinamento on-line”.

Treinamento on-line tem muito a ajudar
O estudo Lacuna de Habilidades também inclui um ponto sobre o impacto do treinamento recebido na formação profissional. A esse respeito, os três países da América que receberam a pesquisa – o Brasil (43%), os EUA (40%) e o México (35%) – são os que mais apostam em cursos on-line para manter suas habilidades atualizadas. No caso da França e da Alemanha, seus funcionários optam por bootcamps como a melhor maneira de obter ou atualizar habilidades.

Entre os profissionais do Brasil, 90% afirmam que a falta de recursos financeiros é algo que atrapalha na busca por qualificação (mesmo com 86% dos entrevistados tendo um segundo emprego) – em seguida, eles apontam os poucos recursos tecnológicos, a dificuldade de locomoção, o conhecimento de outro idioma, a falta de tempo e a segurança pública como fatores limitadores para um aperfeiçoamento profissional contínuo.

Para 49% dos entrevistados brasileiros, sua educação os preparou adequadamente para o seu trabalho. Neste quesito, é o México que está no pódio, com 84% dos entrevistados concordando com a afirmação. Já na Espanha 7 em cada 10 trabalhadores estão satisfeitos e os franceses, por outro lado, estão mais revoltados com a educação recebida, com apenas 47% deles acreditando que foram preparados corretamente para a vida profissional.

Para 44% dos brasileiros, a localização geográfica é um fator limitador de oportunidades na carreira e, por isso, cerca de 42% recorrem a cursos ou vídeos on-line para complementar o conhecimento. Já os países que menos acreditam que a localização é um problema estão Alemanha (41%) e México (38%).

Mesmo assim, em nível geral, os trabalhadores de todos os países estudados estão cada vez mais conscientes da importância de se atualizar constantemente para se manterem competitivos no mercado de hoje.

No Brasil, 50% dos profissionais consultados acham que é o governo quem deveria pagar por programas e recursos de reciclagem, mas apenas 8% dos entrevistados estão envolvidos atualmente em treinamento com suporte governamental. Assim, 64% dos brasileiros investem seu próprio dinheiro em treinamento on-line para avançar suas carreiras.

“O brasileiro geralmente leva em conta três quesitos quando escolhe fazer um curso on-line: flexibilidade, praticidade e custo. Poder acessar o conteúdo na hora que quiser e de onde estiver faz com que esse tipo de ensino a distância cresça e o aprendizado seja ilimitado”, completa Sergio Agudo. (Metrópoles)

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