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sábado, 21 de julho de 2018

Qual a proposta dos candidatos diante da violência e da corrupção que castigam a economia brasileira?

A polêmica da semana gira agora em torno da foto de uma criança fazendo o gesto de uma arma com a mão. Nossos pequeninos apenas replicam as imagens que os cercam diariamente tanto na periferia das cidades, e mais ainda nos telejornais. Ganhando agora destaque porque a bebe estava no colo de um político que combate veementemente o tema violência. Enquanto uns se declaram entender tudo de economia, e outros são especialistas no combate a violência, o que é melhor para o Brasil diante da explosão da violência e da crise econômica?

No Ceará, terra administrada pelo grupo político de Ciro Gomes, onde o presidenciável foi governador, a violência eclodiu a partir do Governo de seu irmão Cid Gomes, e cresceu 86,3% nos últimos 10 anos. Cid Gomes foi Governador do Ceará no período de 2006 à 2014. A explosão da violência no Estado recai sobre a sucessão de governos negligentes ou coniventes com a criminalidade. O crescimento dos crimes contra a vida mexem também com a saúde e diretamente com a segurança pública, alterando significativamente os gastos nesses setores. Além da violência, a corrupção, segundo estudos, é um dos fatores que faz aumentar a pobreza e a desigualdade social impedindo que os países não se desenvolvem como deveriam.

Tratar a segurança pública com medidas politiqueiras parece que não está dando certo no Ceará, pois somente no primeiro semestre deste ano, o número de mortes violentas já ultrapassam 2.800 vítimas, podendo até o final de 2018 bater o recorde dos 5.134 assassinatos registrados em 2017. No Ceará, a manipulação, exoneração e nomeação de delegados vai de acordo com a demanda de pedidos de políticos aliados ao atual governo, segundo denunciam os próprios delegados. Investigações e operações policiais que comprometem temas como a educação, pode valer a transferiria imediata do titular de uma delegacia, para um simples plantonista.

China, Estados Unidos, Europa, Indonésia, Oceania e África do Sul, que representam um terço da população mundial, registraram 60 mil homicídios em 2015. O Brasil que tem apenas 3% da população do planeta, mata sozinho 60 mil pessoas em 12 meses!

Além de afugentar investidores, a violência eleva o grau de despesas improdutivas da economia. O país gasta quase 200 bilhões com despesas com mortes e gastos com a saúde. Três vezes mais com os efeitos perversos da violência do que com suas causas.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 90% das mortes por causas violentas ocorrem em países de baixa ou média renda, onde a desigualdade ECONÔMICA é maior. Nestes países, os assassinatos acontecem, em sua maioria, nas comunidades mais pobres, atingindo na maioria dos casos pessoas mais jovens e economicamente produtivas.

Historicamente, os indicadores de violência acompanham o desempenho da economia. E o pior é que a expansão da violência empurra para baixo a economia. Afinal, quem é o mais preparado para o Brasil? Aquele que demonstra entender mais de economia, ou aquele que promete enfrentar radicalmente a violência?

Na foto: Casal atingido por tiros na BR 222, em Sobral, no final da tarde dessa última sexta-feira 20. A mulher morreu no local, o rapaz segue internado na Santa Casa. Em apenas um homicídio, médicos, para-médicos, enfermeiros, hospital, policiais e funerária foram diretamente envolvidos.
Wellington Macedo

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