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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Chefe da facção GDE se apresentava como PM em Fortaleza e usava farda e carteira funcional

O falso policial militar transitava 'em determinados ambientes sociais e institucionais sem levantar suspeitas', segundo o Ministério Público do Ceará.
Um chefe da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) se "camuflava" para se aproximar da Polícia Militar do Ceará (PMCE) em Fortaleza. Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), William de Oliveira Silva, o 'Cego' ou 'Ceguinho', se apresentava como policial militar e usava até a farda e a carteira funcional da Corporação.

Em uma representação de mandados contra 29 membros da GDE, o MPCE destacou que 'Cego' é um líder da facção no bairro Piedade, em Fortaleza, "sendo responsável por coordenar ações criminosas como tráfico de entorpecentes, fornecimento de armas, planejamento de homicídios e estratégias de evasão frente à atuação das forças de segurança pública".

Ao ser preso em novembro do ano passado, William foi flagrado na posse de uma pistola calibre Ponto 40, com numeração suprimida, e um documento funcional falsificado da Polícia Militar do Ceará, com os dados pessoais dele.

Imagens localizadas no aparelho celular demonstram o representado trajando uniforme completo da corporação militar estadual, aparentando exercer função policial, o que lhe permitia transitar em determinados ambientes sociais e institucionais sem levantar suspeitas, inclusive mantendo contato com verdadeiros agentes públicos, os quais, em tese, acreditavam se tratar de um policial em formação."Ministério Público do Ceará


Em documento enviado à Justiça

Em um áudio obtido pelo Ministério Público, 'Cego' deu ordens a um subordinado, por uma rede social, para dividir as funções dos integrantes da organização criminosa.

"Macho, faz logo uma lista aí, uma lista dos caba que rouba, esse aqui é 33 (referindo-se ao artigo de tráfico de drogas), esse aqui mata, tá entendendo? Nós tem que ter a equipe dos ladrão, dos que mata, dos que tem a bocada, dos que vende. É assim que se era o crime organizado (...) pra meter um fortalecimento mesmo legal, tem que dividir", orientou o chefe da GDE.


Alvo de operação há um mês

Mesmo preso, William de Oliveira Silva foi alvo de um novo mandado de prisão e de mandado de busca e apreensão, na Operação Refratária, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) no último dia 11 de julho.


81 mandados foram cumpridos por policiais civis contra a facção Guardiões do Estado, na Operação - sendo 11 mandados de prisão e 70 mandados de busca e apreensão.

'Ceguinho' e Carlos André de Almeida Bandeira, o 'Jacaré', foram presos, em novembro do ano passado, pela morte de Thiago Barbosa Feitosa, o 'Xilito'. O crime aconteceu no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza, no dia 2 de outubro de 2024.

A dupla foi denunciada pelo Ministério Público do Ceará por homicídio qualificado - por motivação torpe - em fevereiro deste ano. A 5ª Vara do Júri recebeu a denúncia, e os dois homens viraram réus no processo criminal.


Conforme a denúncia, 'Xilito' era comparsa dos acusados na facção GDE. "Em decorrência do uso indiscriminado de crack e por apresentar outros comportamentos tidos como inadequados à facção, o denunciado William, v. 'Ceguinho' determinou que Carlos André , v. 'Jacaré' executasse (assassinasse) a vítima Thiago, v. 'Xilito'", afirmou o MPCE.

'Xilito' estava no seu ponto de comercialização de drogas, quando foi surpreendido por André, armado. William teria tranquilizado André "sobre eventuais questionamentos que sejam levantados por moradores a respeito da morte da vítima".

'Ceguinho' se denominava, com os comparsas, como "o homem que decide as coisas". "E outra coisa, se alguém vier falar, meu filho, rapaz tu diz: quem decide as coisas ai não é eu não, quem decide as coisas aí é o homem aí, entendeu? Se foi feito, foi feito da parte do homem aí, pronto. E mataram, tá entendendo? Acabou. Vamo para frente", orientou o chefe da facção, em mensagem obtida pelos investigadores.

As defesas dos investigados citados nesta matéria não foram localizadas para comentar as acusações contra eles. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

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