Itapajé, interior do Ceará, vive uma escalada de violência que já deixou moradores e comerciantes em alerta. Em menos de três dias, quatro pessoas foram assassinadas, incluindo dois empresários locais, em meio a um contexto de ameaças e extorsões por facções criminosas.
Noite de terça-feira (26): homem de 29 anos é morto a tiros na comunidade São Miguel de Baixo.
Manhã de quarta-feira (27): mulher não identificada oficialmente é morta a tiros no bairro Pedreira.
Cenário anterior: menos de dez dias antes, Alexandre Roger Lopes (23) e Robério Oliveira (54) foram assassinados em circunstâncias semelhantes, ambos no bairro Santa Rita, próximos um do outro. Alexandre era dono de um espetinho e morreu ao recusar uma taxa de extorsão que subiu de R$ 400 para R$ 1.000 mensais; o atirador, Lucas Mateus dos Santos (19), foi preso e confessou.
Menos de dez dias depois, Robério Oliveira, ex-presidente da CDL de Itapajé, foi executado a cerca de 200 metros do local de Alexandre. A polícia investiga possível ligação entre os casos.
O comércio local sofre pressão constante de grupos criminosos que exigem pagamentos para permitir o funcionamento dos estabelecimentos.
A Polícia Civil do Ceará deflagrou operação na terça-feira (26) resultando na prisão de cinco suspeitos ligados à organização criminosa responsável pela extorsão. Ao todo, oito integrantes da facção foram presos, com um dos detidos confessando participação no assassinato de Alexandre.
Delegado Marcos Aurélio, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte, afirma que novas prisões podem ocorrer a qualquer momento para devolver sensação de segurança à população.
Autoridades intensificam ações de inteligência e reforço policial. Moradores cobram medidas urgentes e permanentes para enfrentar a expansão das facções no interior do estado.
O caso de Itapajé acende alerta sobre a vulnerabilidade de cidades médias frente ao crime organizado no Ceará.
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