'Vou com você, não vou te deixar sozinho', disse mãe de um dos 2 suspeitos. Menor detido na sexta-feira não tem envolvimento com crime, diz delegado.
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Rafael da Silva de Barros, de 18 anos, e Ronaldo Azevedo Oliveira da Cunha, de 24 (Foto: Divulgação) |
A Polícia Civil identificou na tarde deste sábado (15) dois suspeitos de matar o PM Diego Bruno Barbosa Henriques, na última quinta-feira (13), na Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. Pouco depois da divulgação dos nomes, feita pelo delegado da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, a mãe de um dos acusados, Rafael da Silva de Barros, de 18 anos, pediu para o filho se apresentar à polícia, como mostrou o RJTV.
"Se entrega. Liga para mim, eu vou junto contigo. Não vou te deixar sozinho”, disse Sirlene Maria da Silva, emocionada.
O outro suspeito, segundo a DH, é Ronaldo Azevedo da Cunha, de 24. Rivaldo Barbosa diz não ter dúvidas de que os dois, que já haviam sido presos por tráfico de drogas, foram os autores do disparo que matou o soldado. O menor detido nesta sexta-feira (14), segundo o delegado, não tem envolvimento com o crime e estaria no local para comprar drogas.
Cerca de 40 policiais da DH realizaram desde o início da manhã deste sábado uma operação na comunidade para tentar prender os suspeitos, que não foram encontrados. Rivaldo pede que moradores ajudem com informações por meio do Disque-Denúncia (2253-1177).
“A PM, naquele e em outros locais, aos poucos começa a agir de maneira capilarizada, começa a sedimentar as suas ações. Mas nós não vamos desistir desse projeto que está salvando vidas. Temos problemas sim, mas temos um plano visível e concreto para o Rio de Janeiro e vamos levar esse plano até o fim”, disse na sexta o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, durante visita à Favela da Chatuba na sexta.
De acordo com o relações públicas da PM, coronel Frederico Caldas, o suspeito na Rocinha foi preso com informações dos próprios moradores.
"Esse fato só nos dá mais força para a gente avançar nesse processo de pacificação. Lembrando que a Rocinha é certamente um dos maiores desafios em função do tamanho e da complexidade. Agora, a partir da semana que vem, com inauguração da UPP, a gente traz ainda a estabilidade para esta área.”
Segundo Caldas, o momento na comunidade é melhor do que os meses logo após a ocupação da PM, em novembro do ano passado.
“Tivemos momentos mais críticos, como os primeiros seis meses, a partir da ocupação. Diferentemente do que a gente teve no ano passado, a gente está em uma situação de estabilidade. Esse foi um fato que evidencia que a polícia estava presente, às 22h30, uma patrulha nossa, a pé, numa viela, num beco, protegendo as pessoas. E também mostra o tamanho do desafio. Vamos implementar a UPP na semana que vem com toda a força”, disse ele na sexta.
Segundo a polícia, o soldado morto estava apenas há um ano na corporação. Ele era solteiro e não tinha filhos. O corpo de Diego Bruno Barbosa Henriques foi no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste, na sexta-feira.
G1
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