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quarta-feira, 12 de junho de 2013

MP vai propor suspensão de tarifa em SP para evitar novos protestos

Acordo prevê antigo preço por 45 dias e será levado a Haddad e Alckmin.
Vinte pessoas foram presas durante protestos nesta terça-feira (11).

Integrantes do Movimento Passe Livre fazem audiência convocada pelo Ministério Público fazem (Foto: Roney Domingos/G1)

O promotor de Justiça Maurício Ribeiro Lopes levará ao prefeito Fernando Haddad e ao governador Geraldo Alckmin nesta quinta (13) uma proposta para que a tarifa do transporte público em São Paulo volte a R$ 3 e o Movimento Passe Livre deixe de fazer protestos na capital.

O acordo, que prevê uma trégua por 45 dias, foi decidido após uma audiência pública na sede do Ministério Público na tarde desta quarta (12).

Participaram do encontro integrantes do Movimento Passe Livre e representantes da Prefeitura e do governo do estado – os titulares das secretarias não compareceram. Haddad e Alckmin, que viajaram a Paris para apresentar São Paulo como sede da Expo 2020, devem estar de volta à capital nesta quinta.

Foi formada uma comissão que vai analisar as planilhas de custos das empresas e a composição das tarifas de transporte para ver se é possível reverter definitivamente o reajuste.
Integrante do MPL discursa em audiência (Foto:
Roney Domingos/G1)

O promotor disse ainda que irá acionar a Defensoria Pública para auxiliar os manifestantes que foram presos nos protestos desta terça-feira (11). Ele pediu ao MPL uma lista dos detidos.

Os manifestantes, por sua vez, disseram que o acordo é um "avanço" e que irão suspender o protesto já marcado para esta quinta-feira (13) caso a Prefeitura e o governo aceitem baixar a tarifa até as 17h. Se isso ocorrer, os integrantes do MPL afirmaram que transformarão o protesto, no Theatro Municipal, em um "ato de comemoração".

O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres, ajudou a formular os termos do acordo. Ele entregou também um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas contra o aumento da tarifa.

"Há grande espaço para apaziguamento e uma preocupação de não levar à criminalização dos movimentos sociais", afirmou o promotor Maurício Ribeiro Lopes. De acordo com ele, se não houver acordo, "estarão devolvendo ao movimento o protagonismo".

Dez pessoas detidas durante a manifestação realizada na noite desta terça-feira (11) na região central de São Pauloirão responder por dano ao patrimônio e formação de quadrilha. O terceiro protesto contra os reajustes no transporte público deixou 20 presos, cinco policiais militares feridos e muita depredação.

Treze manifestantes permaneciam presos na manhã desta quarta-feira (12), segundo a Secretaria da Segurança Pública. Os detidos participaram da manifestação que voltou a ocupar ruas e avenidas da região central de São Paulo durante aproximadamente seis horas nesta terça-feira. Ônibus foram pichados e parcialmente queimados, agências bancárias tiveram portas quebradas e o acesso a uma estação do Metrô foi alvo de vândalos.


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