Técnico judiciário do TRE-CE, Márcio Alexandre diz que Fortaleza ainda é um dos destinos mais em conta por causa dos serviços / Foto RODRIGO CARVALHO
Fortaleza é local de sol, praia... E destino dos concursos. Sim, há pessoas que abrem mão dos certames no Sudeste ou localidades do Nordeste em busca de qualidade de vida e baixo custo na capital cearense, se comparado com outras metrópoles nacionais.
A escolha da cidade também tem um quê de subjetividade. “Pessoas que moram foram optam em fazer concurso para Fortaleza por causa da tranquilidade, do trânsito e até praias bonitas. Cada pessoa é atraída por um motivo diferente”, aponta a sócia-diretora da Consulpam Consultoria, Gisele Borges.
Em nível de salários, ela crê que a os padrões de remuneração, apesar de diferentes nas esferas de poder, são proporcionais em relação a estados como São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. “Os vencimentos são até superiores nesses estados aos oferecidos em Fortaleza. Você ganha R$ 12 mil e gasta quase R$ 3 mil com aluguel. Na proporcionalidade, no entanto, Fortaleza ainda possui um saldo melhor se compararmos os ganhos e gastos”, acredita.
O pernambucano Márcio Alexandre, técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), prestou concurso pela motivação salarial, além de um pedido da esposa. “Com o trabalho e remuneração boa, melhor que isso, só estar perto dos familiares e amigos”, afirma. E considera a qualidade de vida como fator predominante para a mudança. “É muito diferente do que morar no eixo Rio-São Paulo. Alguns serviços são mais baratos, como escolas”, reforça.
O analista de controle externo do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM-CE), André Falcão, diz que no Piauí, seu estado de origem, a falta de concurso foi responsável pelo êxodo. “Uma cidade maior para morar, mas com mais ofertas. Não optaria ir para metrópoles do Sudeste, afirma.
Fonte: O Povo
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