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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Ceará tem que investir mais na polícia civil, diz diretor da Faculdade de Direito da UFC; vídeo

Professor Cândido Albuquerque, diretor da faculdade de direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) defende o fortalecimento da Polícia Civil para o combate as facções.

Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 29, no jornal Bom Dia Ceará, na TV Verdes Mares, o professor Cândido Albuquerque, diretor da faculdade de direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) defendeu o fortalecimento da Polícia Civil como medida para o combate as facções.

“O combate ao crime organizado, por exemplo, o combate às facções só se dá de maneira efetiva com inteligência e investigação. O Estado do Ceará insiste em reforçar a Polícia Militar que não faz investigação, que não faz trabalho de inteligência e desqualificou, de certa forma, a Polícia Civil pelo pequeno contingente que tem hoje. Para você combater as facções precisa de um bom trabalho de investigação e um bom trabalho de inteligência e só a Polícia Civil pode fazer isso”.


A afirmação do especialista confirma o que o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol-Ce) vem lutando há tantos anos. O Sinpol já havia advertido que esse sucateamento institucionalizado e imposto a Polícia Civil iria desembocar no cenário que o Estado chegou hoje, pois facção só se combate com ações de investigação, inteligência, campana, escutas, todas as atividades típicas da Polícia Civil.

Porém, o Estado há 11 anos se volta exclusivamente para a Polícia Militar, para o serviço ostensivo e, dessa forma, transformou o Ceará em um terreno fértil para o crime organizado vir, se organizar, se estabelecer e fincar fortes raízes.

Dessa forma, possibilitou ser formado um poder paralelo, que está confrontando as forças do Estado. Estado esse desorganizado, em comparação a organização do crime, que não consegue fazer frente para combater.

Só a partir do fortalecimento, da reestruturação e principalmente da valorização dos profissionais da polícia civil, leia-se, escrivães e inspetores, será possível fazer recuar os atuais índices de violência.

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