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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Recorde de Preços: Arroz atinge maior valor histórico no Brasil

O arroz atingiu o preço mais alto da história no Brasil, ultrapassando a marca de R$ 113 por saca, revela o Cepea/Esalq, com uma valorização impressionante de 38,5% nos últimos 12 meses. A escalada dos preços no campo também se faz sentir no varejo, com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) reportando uma valorização de 10,8% até setembro deste ano. A pergunta que fica é: por que esse alimento básico na mesa dos brasileiros está ficando mais caro?

Diversos fatores contribuem para esse momento histórico:

  1. Menor Área Plantada: Na safra 22/23, o Brasil semeou a menor área de todos os tempos, com menos de 1 milhão e meio de hectares.
  2. Produção em Queda: A produção também caiu para o mais baixo patamar em quase 20 anos, com pouco mais de 10 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento.
  3. Exportações Aquecidas: As exportações estão em alta, com expectativa de fechar o ano em torno de 1,7 milhão de toneladas.
  4. Restrição Global na Oferta: Restrições na oferta global de arroz da Índia, um dos maiores exportadores do mundo.
Dificuldades no Plantio: Dificuldades no plantio da safra atual, a 23/24, especialmente nas áreas de maior produção, como os estados do Sul do país, devido ao excesso de chuvas que tem prejudicado os trabalhos de campo.

A projeção da Cogo Inteligência em Agronegócios é que os preços do arroz permaneçam firmes até o início de 2024, quando a colheita no Brasil tem início. No entanto, espera-se que haja repasses adicionais para o consumidor, uma vez que a indústria busca melhorar a rentabilidade do cereal. Aumentos na área plantada e na produção são esperados no Brasil, contudo, dependem das condições climáticas favoráveis.

Globalmente, a demanda por arroz é alta, e a oferta restrita. O arroz foi o grão que mais aumentou de preço no mercado global nos últimos 12 meses, registrando uma elevação de 30% em dólares, destacando-se pela entressafra na América Latina, problemas na produção em países como Índia e Malásia, e uma safra menos robusta nos Estados Unidos. Isso indica que podemos esperar meses de arroz com custo elevado pela frente.

(Hora Brasília)

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