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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Adepol/CE requer instalação do aparelho de escuta telefônica na Delegacia Geral

A tarde foi marcada por uma força-tarefa que busca recuperar a dignidade e o respeito à Polícia Civil. Uma ação árdua e cansativa, visto que há anos os garantidores da lei foram enganados com falsas promessas no sentido de que os procedimentos seriam mudados. Mas a esperança de uma categoria que sempre acreditou na mudança de hábitos abomináveis chegou ao limite. E foi nessa perspectiva que os Delegados da Polícia Civil seguiram ao prédio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Pessoal (SSPDS) na tarde desta sexta-feira (27).

Por lá, os Delegados foram recebidos pelo secretário André Costa, delegado da Polícia Federal, mas que também já passou pela Polícia Civil e conhece a triste realidade da instituição. O titular da pasta recebeu um ofício das mãos do presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Ceará (Adepol/CE), Milton Castelo Filho, requerendo a transferência do equipamento de escuta telefônica (Guardião) para a Delegacia Geral da Polícia Civil, já que o equipamento é um importante instrumento de investigação, cuja missão é constitucionalmente atribuída à Polícia Judiciária.

O secretário recebeu o documento, todavia, antes de falar sobre o requerimento, deixou o espaço livre para escutar os profissionais da Polícia Judiciária cearense. A partir dali, sentia-se a verdadeira dor de uma classe que sofre com as perseguições e carência de meios para a execução do seu mister. Um dano em cada história contada, prejuízos que atingem volumes estratosféricos e que nunca serão reparados. Esperanças de justiça que antes eram acesas foram desnudadas de sua confidencialidade. E, assim, seguiram fatos e casos de desgosto em uma instituição lustrosa e dedicada à repressão do crime organizado.

Após ouvir as reivindicações, o secretário André Costa propôs a construção de uma nova Polícia Civil, sugerindo que todos os pontos de mudanças fossem apresentados. Ao final do discurso, como não falou do requerimento da instalação do equipamento de escuta telefônica (Guardião), o secretário foi questionado pelo presidente da Adepol/CE sobre o posicionamento acerca da demanda. André Costa disse que o pedido será analisado, porém não estabeleceu uma data. Por fim, Milton Castelo Filho avisou que a Adepol/CE vai exigir auditoria para o uso do equipamento em questão. Também comunicou a decisão da categoria de não participar das operações do Ministério Público sem a garantia, por escrito, de que os investigados tenham a honra e dignidade preservadas, até que se tenha deflagrada uma ação penal.

(Adepol)

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