A criação de cabras leiteiras no sertão é hoje uma opção viável e rentável para pequenos produtores rurais que formam a agricultura familiar. Em Tauá, a 365 quilômetros de Fortaleza, a atividade vem crescendo nos últimos anos graças ao associativismo e os recursos liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), além de ações de campo desenvolvidas pelo Instituto Agropolos do Ceará e Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA).
O projeto social de caprinocultura leiteira está mudando a vida de 33 famílias do assentamento Angicos, a 18 quilômetros da sede de Tauá, presente ainda nas comunidades de Várzea do Boi e Baixo Trici, atendendo assim 70 famílias do maior programa de agricultura familiar da região.
De acordo com a zootecnista do Instituto Agropolos e responsável pelo projeto, Claudelice Rosa, os recursos são utilizados para aquisição de tanques de resfriamento de leite caprino, 1.400 cabras e 70 reprodutores. Segundo ela, além de Tauá, Quixadá também é beneficiado com o programa.
"No decorrer de nossas ações, distribuímos a todas as famílias beneficiadas sementes para reservas estratégicas, entre elas sorgo forrageiro, feijão guandu e palma forrageira. Capacitamos os criadores em manejo alimentar, sanitário e reprodutivo de animais, além da gestão associativista e cooperada", explica a zootecnista.
Para participar do projeto de cabras leiteiras, os produtores realizaram dias de campo para produção de silagem, feno, ração, mineralização e missões técnicas nos Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. "Um fato que nos deixa animados é que, após a entrega dos animais, os criadores já estão ordenhando os animais e se beneficiando do leite caprino. O público-alvo desse projeto são as famílias que participam do Bolsa Família", acrescenta a coordenadora. Os recursos são da ordem de R$ 2,5 milhões.
Sucesso
O sucesso do projeto em Tauá já pode ser sentido. Os criadores cuidam da sanidade do rebanho, empregam técnicas de manejo alimentar e reprodutivo que possibilitam melhorias e qualidade dos animais na ampliação do plantel de maneira uniforme e saudável.
"Com as técnicas adequadas, reduzimos a mortandade e aumentamos o número rebanho, que também passou a ter ganho de peso", frisa Claudelice Rosa.
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Fonte: Miséria
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