Sob o fantasioso adjetivo de "anjo", as modelos são vendidas ao público feminino como um objeto aspiracional que encerra uma pele radiante, fortunas incalculáveis, muito glamour, uma percentagem baixa de gordura corporal e uma figura estilizada de boneca Barbie que, em alguns casos, perde sua forma devido à extrema magreza que é o produto de dietas absurdas de 500 calorias, consumo de cocaína e injeções supressoras de apetite.
No último 6 de setembro, quando do marco do início da New York Fashion Week, a modelo Kira Dikhtyar deu uma entrevista onde fala sobre o que algumas representantes da beleza suprema fazem para manter um corpo que lhes permita luzir com mais classe nos passos largos nas passarelas: "maços de cigarros, purgantes, laxantes, drogas prescritas, Adderal..."
- "Com frequência sabe-se de casos que agentes promovem o constante uso de cocaína para acelerar o metabolismo das adolescentes e suprimir seu apetite". Ademais, a modelo russa enfatizou que nos últimos meses o uso do hormônio HCG (Gonadotrofina coriônica humana) está na moda. Trata-se de um medicamento que é usado em tratamentos para a fertilidade, mas que, segundo as agências de modelos, é um coadjuvante na perda de peso, motivo pelo qual recomendam amplamente seu uso.
Outro método escolhido por alguns modelos para esta semana da moda em Nova Iorque, foi o de ingerir chumaços de algodão para ter o estômago cheio e evitar a vontade de comer.
No início deste ano, o Conselho de Desenhistas de Moda promoveu uma iniciativa convidando a mídia a mostrar uma imagem mais saudável do mundo da moda. No entanto, a importância da saúde das modelos não é equiparável ao das grandes quantidades de dinheiro que as marcas obtêm ao mostrar bambus vestidos mulheres com corpos "invejáveis".
Como mudar isso? A massa -nesse caso a feminina- deverá mudar sua concepção de beleza e se tornar um espectador ativo como mecanismo de auto-organização do marketing. E como todos sabemos isso não irá acontecer tão cedo... ou nunca.
Fonte: Telegraph
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