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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Aluno de medicina suspeito de fraudar o Enem chegava a cobrar R$ 150 mil para fazer a prova em nome de outras pessoas

Um jovem de 23 anos, estudante de medicina, foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Ele é suspeito de aplicar uma fraude no Enem. De acordo com as investigações, André Rodrigues Ataíde usava documentos falsos para fazer provas no lugar de outras pessoas.

Com esse esquema, pelo menos dois candidatos teriam conseguido vaga no curso de Medicina de uma universidade pública no Pará - a UEPA. A investigação traz um alerta sobre uma possível fragilidade do modelo atual de aplicação da prova, que é o mesmo em todo país.

A Polícia Federal recebeu duas denúncias anônimas, as investigações começaram e culminaram na operação realizada na última sexta-feira (16). Moisés Oliveira Assunção tem 25 anos e, segundo as investigações, quem fez o Enem no lugar dele, usando identidade falsa, foi André.

Com a fraude, o candidato entrou em medicina, no campus de Marabá da Universidade do Estado do Pará, a UEPA, mesmo sem escrever uma palavra sequer na redação. Às 15h26 do dia 5 de novembro de 2023, um rapaz que se inscreveu pra fazer o exame troca mensagens com a então namorada: "Eu peço o e-mail do cara pra mandar um negócio importante. O e-mail dele". Nesse horário, ele deveria estar sem celular, incomunicável e concentrado na prova.

A fraude foi descoberta após duas denúncias anônimas: as assinaturas foram analisadas e os peritos também compararam os padrões de caligrafia e atestaram que não foi Moisés quem escreveu a redação, e sim André.

Segundo as investigações, no Enem de 2022, André fez as provas no lugar de Eliesio Bastos Ataíde, de 25 anos, também usando identidade falsa. A Polícia Federal diz que André falsificou a assinatura de Eliesio e fez a redação se passando por ele. Eliesio foi aprovado na faculdade de medicina da UEPA e fez o curso normalmente no ano passado

Quanto aos três acusados de fraudar o Enem, eles vão responder em liberdade por falsidade ideológica e uso de documento falso. Contra André, o jovem que segundo a Polícia Federal fazia as provas no lugar dos outros, novas denúncias surgiram.

G1

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