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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Delegados pedirão anulação de afastamento do cargo

Agentes de segurança são suspeitos de integrar rede criminosa que atuava no tráfico de entorpecentes.
As delegadas Patrícia Bezerra e Ana Cláudia Nery negaram saber algo sobre a existência de um esquema de crimes dentro da Polícia Civil. As declarações acontecem uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Vereda, que tinha por finalidade, desarticular uma rede criminosa formada por policiais envolvidos com o tráfico de entorpecentes. Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estago do Ceará (Adepol), Milton Castelo Filho, os profissionais foram vítimas da desproporcionalidade da operação da Polícia Federal. 

Patrícia e Cláudia disseram que quando a investigação começou, não estavam à frente da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), segunda maior delegacia especializada do Ceará. Na decisão judicial, o juiiz substituto da 12ª Vara Federal Criminal no Ceará, Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, estabeleceu que Patrícia (diretora da DCTD) e o delegado Lucas Aragão (delegado-adjunto), que também atuava na especializada, deveriam ser afastados. 

Lucas não compareceu à coletiva de imprensa proposta pela Associação dos Delegados de Polícia do Estago do Ceará (Adepol) e justificou que estava doente. 

As investigações começaram após a delação de um traficante preso em maio de 2015, suspeito de importar anabolizantes de Portugal para o Ceará. O acusado revelou que foi extorquido por um grupo de inspetores mais de uma vez. 

Ao todo, 25 pessoas prestaram depoimentos à Polícia Federal. Dois inspetores e quatro informantes acabaram presos por porte ilegal de arma, drogas e moeda falsa, no último dia 6 de dezembro, quando a operação foi deflagrada. Agora, a defesa dos delegados deverá encaminhar à Justiça, um pedido de anulação da decisão de afastamento de Patrícia e Lucas Aragão, além do remanejamento de Ana Cláudia Nery para outra área. 

Os crimes investigados são de comercialização ilegal de anabolizantes, peculato, concussão, corrupção passiva, associação criminosa e tráfico de drogas. A operação foi batizada de Vereda em alusão ao livre arbítrio que levou os integrantes da quadrilha, à sombra da condição policial, para a prática delitiva de crimes diversos.

(Cnews)

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