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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Polícia Civil detecta novo golpe para furtar dinheiro de caixa eletrônico

Técnica batizada de choquinho exige conhecimento técnico

A recente captura de um integrante de uma quadrilha de arrombamento de caixas eletrônicos pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, que obtinha todo o dinheiro do terminal sem provocar grandes destruições, revela uma nova técnica empregada pelos criminosos. Trata-se do chamado "choquinho", no qual os criminosos abrem um pequeno buraco, com uma serra-copo, na parede do equipamento. Em seguida, eles conectam um celular ou notebook em determinados fios internos, emitindo um comando que libera todo o dinheiro em um único saque. 

Responsável pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos do Deic, o delegado Juliano Ferreira lembra que a nova técnica exige conhecimentos especializados de informática, o que pode restringir o uso pelas quadrilhas. Foram registrados três casos de "choquinho" em agências do Banrisul, em Porto Alegre, revelou o delegado. 

A quadrilha do acusado detido utiliza também os já conhecidos chupa-cabras, equipamentos colocados nas bocas de pagamentos dos terminais que copiam e clonam os dados dos cartões inseridos. O detido teria participado, por exemplo, de um ataque ao Banco do Brasil da avenida Praia de Belas, em Porto Alegre. 

A técnica do "choquinho" já está presente também em outras regiões do país. No Nordeste, por exemplo, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba contabiliza oito casos da nova técnica até o momento, com os bandidos induzindo os caixas eletrônicos "a literalmente cuspir o dinheiro" para fora, sem qualquer dano maior do que o buraco, do diâmetro de um copo, aberto no equipamento. Em único dia, cinco terminais foram atacados deste modo na capital João Pessoa. Todos os alvos foram as agências do Santander. 

Segundo o diretor da entidade sindical, Rogério Lucena, a nova modalidade deixa depois desativado o terminal e impede principalmente que o dinheiro fique manchado de tinta, pois a inexistência de danos evita o acionamento do sistema de segurança para marcar as cédulas, montado pelos bancos com o objetivo de coibir a onda de ataques com explosivos que se espalhou por todo o país.

Correio do Povo

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