Ele foi informado de que um outro homem, que havia morrido em um acidente de trânsito em São Borja, no Rio Grande do Sul, tinha o mesmo número de sua inscrição no PIS (Programa de Integração Social).
"Nunca deixei de contribuir com a Previdência, mas quando precisei, não recebi. Se me senti lesado? Fiquei com vontade de jogar uma bomba lá dentro", afirmou.
A sua revolta ocorre principalmente porque não é a primeira vez que ele foi dado como morto.
"Em 1985 fui requerer o auxílio-natalidade quando minha filha nasceu. Eles me informaram do número do PIS duplicado, e que o homem estava morto havia cinco anos", disse.
De acordo com Santos, ele apresentou uma série de documentos para comprovar que estava vivo.
"Entrei com um processo, regularizei a minha situação e na Caixa [Econômica Federal] ficou tudo certo. Mas no INSS, não", afirmou.
Como não precisou pedir mais o benefício à Previdência, Santos não soube que a regularização não havia sido repassada ao INSS ainda na década de 80.
Ele passa por tratamento em Campinas (93 km de SP) contra a leishmaniose, doença causada por protozoário e transmitida pelo mosquito-palha. A previsão de Santos é que o tratamento termine em 25 de setembro e que, no mês seguinte, ele volte ao trabalho.
OUTRO LADO
Por meio de uma nota enviada pela assessoria de imprensa, o INSS confirmou que houve duplicidade nos números de PIS e que os segurados eram homônimos, mas que as demais informações, como RG e filiação, eram diferentes.
O órgão informou ainda que o benefício já foi depositado, com data retroativa ao dia 29 de maio.
De acordo com o INSS, ficou comprovado o vínculo de Santos com as empresas onde trabalhou. Agora, a Previdência Social do Rio Grande do Sul deverá atribuir um outro número de identificação ao homem que já morreu, para que Santos não tenha outros problemas.
Fonte: Folha.com
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