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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Marido de falsa grávida de quatro "dá um tempo" no casamento

Kléber Vieira e Maria Verônica antes da revelação da falsa gravidez (Foto Divulgação) 
Dez dias após a revelação de que era falsa a gravidez de quadrigêmeos em Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, o casal Maria Verônica Aparecida e Kléber Vieira está separado momentaneamente, informaram nesta quarta-feira (1º) os advogados dos dois. O apartamento alugado onde eles moravam e a escola de educação infantil da mulher estão fechados. A educadora, de 25 anos, e o metalúrgico, de 37, seguiram, cada um deles, para a casa de seus pais. O filho do casal ficou com o marido. Não há informação se eles irão continuar separados.
Maria Verônica e Kléber Vieira são investigados pela Polícia Civil por suspeita de falsidade ideológica e estelionato. Ela teria usado indevidamente uma imagem de ultrassom de outra mulher postada na internet para forjar a gravidez (com o uso de uma barriga falsa, feita de silicone) e conseguir enganar a imprensa, que noticiou o fato como sendo verdadeiro. Ela e o homem ainda são suspeitos de receber dinheiro e doações para o enxoval.
Homem
“Eles estão dando um tempo. Estão se falando por telefone, mas ele ainda não definiu como será sua relação com ela. No momento, o filho do casal, de 4 anos, está com o pai, que foi para a casa de seus parentes”, afirmou Marcos Antonio Leite, defensor de Kléber Vieira.
Mulher
“É uma separação momentânea de casal por conta do assédio da imprensa. Eles estão se encontrando. Ela está com os familiares, recebendo o carinho da família e também está passando por cuidados psicológicos”, disse Enilson de Castro, advogado de Maria Verônica.
Segundo o defensor da mulher, ela mentiu sobre a gravidez para o marido, para a família e para os jornalistas porque sofre de algum transtorno emocional por conta de problemas pessoais. “Para mim, ela é inimputável, não pode responder por seus atos. Se for necessário, pedirei algum exame de sanidade mental”, falou Castro. “Ela sempre quis ter uma filha e havia ficado arrasada quando o seu marido foi operado sem avisá-la. Isso a abalou e ela chegou a acreditar que estava grávida porque testes de farmácia apontavam isso. Depois deve ter tido uma gravidez psicológica, desmentida por um médico. Mas como ela ficou desesperada, manteve a história da gravidez.”
De acordo com os defensores da educadora e do metalúrgico, seus clientes estão afastados dos respectivos trabalhos desde a descoberta da mentira no dia 20 de janeiro, quando os advogados concederam entrevista coletiva em Taubaté para esclarecer a farsa. Segundo Castro e Leite, os investigados não querem falar com a imprensa neste momento.
Escolinha
O advogado da educadora informou que ela estuda a possibilidade de vender a escolinha particular que possui em Taubaté. “A repercussão do caso foi negativa para o trabalho dela e ela pensa em se desfazer do negócio”, disse Castro.
Procurada para comentar qual é a situação atual da escola ou se iria tomar alguma medida futura em relação à unidade de educação infantil, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Taubaté informou que iria procurar a Secretaria Municipal de Educação para divulgar alguma informação.
Segredo de Justiça
O advogado do metalúrgico afirmou que ainda aguarda a decisão da Justiça em Taubaté a respeito de um habeas corpus que pede o “trancamento do inquérito policial” ou, no caso de uma negativa, que o inquérito siga “sob segredo de Justiça”. “Eu impetrei esse pedido no dia 19 de janeiro. Pedi o trancamento porque entendo que doação voluntária não é crime. E pedi o segredo porque o caso envolve famílias”, disse Leite.
Procurada, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que nenhuma decisão tinha sido tomada até o início desta tarde.
As doações ao casal serão devolvidas aos interessados que quiserem reaver seus bens, segundo o advogado da mulher.
Investigação
O caso está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de Taubaté. O delegado José Luiz Miglioli não foi localizado para comentar o assunto porque está de férias. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o delegado seccional de Taubaté, Ivahir Freitas Garcia Filho, afirmou nesta quarta que não havia nenhuma novidade no caso.
Fonte: G1

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