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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Estudo mostra que é impossível enviar mensagens de texto e andar em linha reta ao mesmo tempo

Digitar uma mensagem de texto no celular pode te fazer andar igual a uma pessoa bêbada, apontou um estudo não tão recente. Agora, estudos mais atuais, mostram que também podem te fazer andar igual a um robô.

Pesquisadores descobriram que pessoas saudáveis que leem ou enviam mensagens de texto enquanto andam mostram mudanças sutis, mas potencialmente perigosas para sua caminhada. Mesmo que se esforce por andar em linha reta enquanto tecla no celular, a marcha vai se desviando sutilmente, fazendo com que a pessoa, sem perceber, se desloque como um peão de xadrez e mude completamente a forma de andar, podendo cair ou bater em algum obstáculo.
“Ler ou enviar mensagens de texto em um telefone influencia sua capacidade de andar, mas os problemas que vemos são muito maiores quando você digita um texto do que quando você lê “, diz o principal autor do estudo, o fisioterapeuta Siobhan Schabrun, da Universidade de Western Sydney, na Austrália. “É preciso ter muito cuidado.”

Não é incomum ler ou ver vídeos no YouTube sobre pessoas que caíram em lagos, em fontes de praça e até em trilho de trem por estar teclando no Smartphone. Mas alguns acidentes não são tão cômicos. E pode parecer óbvio, mas não é tão simples. Claro, a pessoa não consegue se manter tão atenta tentando fazer duas coisas ao mesmo tempo, mas andar em linha reta não deveria ser algo tão difícil de se fazer.

Schabrun e seus colegas da universidade fizeram uma experiência com 26 jovens para entender como o uso do telefone afeta a marcha de uma pessoa. Todos eles caminharam dentro de uma sala, monitorados por 8 câmeras que capturavam detalhes precisos de seus movimentos, enquanto digitavam a seguinte mensagem de texto: “A raposa ligeira marrom ataca o cão preguiçoso”.

Mesmo que todos eles fossem experientes na arte de enviar mensagens de texto, nenhum deles conseguia andar normalmente enquanto usava o celular. Inconscientemente, eles se desviavam de seu caminho e não conseguiam andar em linha reta. A cabeça deles não ficava como deveria. Ao invés de ficar parada, ela girarava para manter os olhos fixos nas telas touchscreen. Os braços, a cabeça e o tronco, ao invés de moverem-se livremente – como acontece quando caminhamos sem realizar outra atividade -, ficaram rígidos, como os de um robô.

Esss mudanças observadas pelos pesquisadores, embora pareçam pequenas, podem colocar os pedestres em risco. Isso porque a pessoa tem a sensação de que ainda está andando em linha reta, mas não está. Assim, a pessoa pode se desviar completamente de sua rota e sofrer um acidente.

Ainda não está claro para esses pesquisadores porque a forma de andar das pessoas fica diferente (eles usam o termo “distorcida”) quando elas estão enviando uma mensagem de texto. Uma possibilidade é a de que o movimento extra que a cabeça faz envia informações equivocadas para o aparelho vestibular (que fica no ouvido interno e envia sinais para o cérebro sobre a posição do corpo no espaço). Isso pode deixar mais difícil a tarefa de andar em linha reta. Ou realizar duas tarefas ao mesmo pode oprimir o cérebro, fazendo com que ele opte priorizar a atividade com as mãos ao invés da caminhada.

O movimento anormal realizado pela cabeça também atrasaria uma possível reação da pessoa ao perceber que ela não está caminhando como deveria. E essa demora é suficiente para causar um acidente se a pessoa estiver caminhando muito próximo de uma rua, por exemplo.

O aumento do movimento da cabeça relatado no estudo “é uma coisa péssima para a marcha”, diz April Chambers, da Universidade de Pittsburgh, que também é especialista e, embora não tenha participado da pesquisa, apontou uma possível solução para o problema, ao dizer que as novas descobertas “destacam a necessidade de se colocar o telefone para baixo do rosto, muito mais do que as pessoas costumam colocar.”

Veja alguns vídeos de acidentes sofridos por pessoas que enviavam mensagens enquanto caminhavam.

Fonte: blogadao

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