A forte queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontada pela pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14), foi atribuída por ministros do governo a dois fatores principais: a crise envolvendo a fiscalização das transações via Pix e o aumento nos preços dos alimentos.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que esses dois elementos tiveram impacto direto na popularidade do presidente. “Pix e o aumento conjuntural de alimentos, dada a subida do dólar”, disse o ministro.
A pesquisa mostrou que apenas 24% dos entrevistados consideram a gestão de Lula ótima ou boa, o menor índice registrado em seus três mandatos.
Diante da repercussão negativa, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) está preparando uma campanha para tentar minimizar a crise. A mobilização ocorre após a insatisfação gerada por uma portaria da Receita Federal que alterou as regras de fiscalização sobre transações via Pix, afetando principalmente pequenos empresários e trabalhadores autônomos.
Além disso, Lula busca reverter a queda na popularidade intensificando suas viagens pelo país. Durante uma reunião ministerial, o presidente orientou seus auxiliares a deixarem Brasília com mais frequência para fortalecer o contato com a população.
Após receber alta médica, Lula retomou sua agenda de viagens na última semana, passando por estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pará. Para os próximos dias, ele já tem compromissos marcados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A estratégia do governo visa reduzir o desgaste político e recuperar a confiança do eleitorado, especialmente em um ano de eleições municipais, quando a aprovação do presidente pode influenciar o desempenho de aliados nas urnas.
(Hora Brasília)
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