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domingo, 15 de junho de 2025

Irã mata 4 mulheres árabes da mesma família no norte de Israel

Um míssil balístico disparado pelo Irã atingiu na noite de sábado, 14 de junho, uma casa de dois andares em Tamra, cidade árabe no Distrito Norte de Israel, matando quatro mulheres da mesma família e ferindo cerca de 10 pessoas.

As mulheres árabes assassinadas pelo regime iraniano são Manar al-Qassem Abu al-Hejja e suas duas filhas, Hala, 20, e Shada, 13, além da cunhada, Manar Fakhri Diab. Esta última era casada com o irmão do pai da família.

Minha filha Shada, a mais velha, de 20 anos, estava estudando Direito na Universidade de Haifa. Ela queria ser uma advogada, como o seu pai, como eu. Um sonho que nunca vai se tornar realidade. E a filha mais nova, Hala, estava apenas na oitava série. Pobre menina, pobre menina. Todas as três morreram, assim como a esposa do meu irmão. A casa inteira foi destruída. Eu perdi minha família. Está tudo escrito no plano de Deus. Espero que as quatro se encontrem no Céu”, disse Raja Khatib ao Canal 12 de Israel, enquanto chorava.

O ataque fez parte da retaliação iniciada pelo Irã na sexta-feira, 13, contra a população civil de Israel, após as Forças de Defesa israelenses, em ação conjunta com o serviço de inteligência Mossad, terem destruído instalações nucleares e militares iranianas na noite de quinta, 12, usadas para fabricação de bombas atômicas e disparos de mísseis balísticos.

Quatro dos nossos cidadãos foram mortos em Tamra. Ouvi gritos de júbilo e eu os repudio veementemente. O míssil não faz distinção. Ele fere tanto judeus quanto árabes. Eles estão vindo para destruir todos nós, e estamos juntos nesta batalha”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Nossos maravilhosos pilotos de combate estão nos céus da cidade em chamas de Teerã. Estamos determinados a completar a missão de eliminar a dupla ameaça”, avisou ele.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, também se manifestou:

“Neste ataque brutal, nossos irmãos e irmãs — judeus e árabes, crianças e adultos — foram mortos e feridos indiscriminadamente. O Irã não faz distinção de sangue, alvejando e ferindo pessoas inocentes”, escreveu no X.

Herzog afirmou que está em contato constante “desde esta manhã” com o prefeito de Tamra, Musa Abu Rumi, “após o trágico incidente ocorrido ontem à noite, quando um míssil iraniano caiu” na cidade.

Também pretendo visitar Tamra em breve para apoiar as famílias das vítimas e dos feridos nessas circunstâncias difíceis”, acrescentou o presidente, que visitou neste domingo, 15, o Centro Médico Wolfson, hospital no sul da Área Metropolitana de Tel Aviv que vem tratando outras vítimas dos bombardeios.

“Durante nossa visita hoje, vimos a resiliência inspiradora de pacientes que irradiam tremenda força e esperança; ao lado deles, equipes médicas e trabalhadores impressionantes que trabalham incansavelmente para salvar vidas com determinação”, relatou Herzog em outra postagem. “Esperamos a recuperação total de todos os feridos”, concluiu.

O número de pessoas mortas pelo Irã em território israelense, durante essa retaliação com mísseis balísticos, subiu para 14 neste domingo, 15 de junho, de acordo com a Diretoria Nacional de Diplomacia Pública de Israel. Há cerca de 385 pessoas feridas.
O ataque mais distante

As Forças de Defesa de Israel confirmaram no X um ataque ilustrativo do controle israelense sobre os céus do Irã, alcançado após a destruição do sistema de defesa aéreo iraniano.

“A cerca de 2.300 quilômetros de distância [do território de Israel], a Força Aérea atacou recentemente um avião de reabastecimento iraniano no Aeroporto de Mashhad, no leste do Irã. A Força Aérea está trabalhando para alcançar a superioridade aérea em todo o Irã. Este é o ataque mais distante desde o início da operação”, informaram as forças.

Avichay Adraee, porta-voz das FDI para a mídia árabe, publicou no X um vídeo sobre as reações árabes à ofensiva de Israel:

“Como os árabes reagem aos ataques israelenses? ‘Todo respeito!’ ‘Viva Israel!’ ‘Obrigado, Israel, por eliminar líderes do IRGC [Guarda Revolucionária Islâmica do Irã]!’ ‘Obrigado, Israel, por limpar a terra dessa sujeira!’ ‘Apoiamos Israel contra o Irã terrorista, regime não islâmico.’ Ok. ‘Vitória para a Grande Israel!’ Estes são alguns comentários em nossa página. Árabes veem o Irã como ameaça regional e global. Muitos árabes foram mortos por esse regime. Pensem nisso.”

Na sexta-feira, 13, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia se dirigido, em outro vídeo, ao povo iraniano, para explicar os objetivos israelenses de eliminar as ameaças nucleares e de mísseis balísticos do Irã e, com isso, abrir caminho para que “vocês alcancem o seu objetivo: a liberdade” em relação a um “regime islâmico, que os oprime há quase 50 anos”.

À Fox News americana, Netanyahu disse neste domingo, 15, que o chefe de inteligência do IRGC e seu vice foram mortos em ataques israelenses.

Fonte: O Antagonista

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