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domingo, 17 de março de 2024

Putin é reeleito com votação recorde, diz boca de urna

Como seria previsível, Vladimir Vladimirovitch Putin, 71, foi reeleito por mais seis anos como presidente com 87% dos votos e 73,3% de comparecimento às urnas, recordes na história da Rússia pós-soviética. Foi o que apontaram, respectivamente, pesquisa de boca de urna e a Comissão Eleitoral Central.

Não que houvesse dúvidas, seja pelo real apoio de um líder que tem 86% de aprovação em sondagens independentes, seja pelas fartas acusações por parte da minguante oposição de que houve fraudes e abuso do poder político para garantir o resultado desenhado pelo Kremlin.

Até os protestos do "Meio-dia contra Putin", que levaram muitos russos no país e fora dele a engrossar filas às 12h (6h em Brasília) para demonstrar descontentamento com a eleição a pedido dos apoiadores do falecido opositor Alexei Navalni (1976-2024), tiveram um grau de previsibilidade.

Ocorreram sob forte escolta policial, mínimos incidente e, a acreditar na comissão e na boca de urna, sem impacto no resultado final. Ao fim, tudo será verdade a depender de qual rede social conta a história.

Putin teve, diz a pesquisa feita por dois institutos estatais, 87% dos votos, acima do que o Kremlin projetava. A seguir vieram três deputados que cumpriam tabela, o comunista Nikolai Kharitonov, com 4,7%, o liberal Vladislav Davankov, com 3,6% e o ultranacionalista Leonid Sluski, com 2,5%.

O comparecimento segundo a comissão eleitoral foi de 73,3%, acima dos já recordistas 67,7% de 2018. A divisão da votação principal em três dias facilitou o impulso, com empresas incentivando funcionários a ir às urnas.


OPOSITORES ACUSAM FRAUDE

Apesar do franco favoritismo de Putin mesmo que a eleição fosse na Dinamarca, país menos corrupto do mundo segundo a Transparência Internacional, medidas foram tomadas para garantir um passeio no parque.

Elas incluíram a exclusão de duas candidaturas abertamente críticas às políticas do Kremlin e, no dia da votação, grande presença policial junto às filas que se formaram em postos de votação de cidades como Moscou, São Petersburgo e Iekaterimburgo.

Segundo os críticos do governo russo, que operam de forma virtual, pulverizada e no exílio em sua maioria hoje, a isso foram adicionadas fraudes paroquiais, como o enchimento de urnas com votos para Putin. A possibilidade de voto pela internet em 27 das 83 unidades da Federação Russa, usada por quase 10% dos 85 milhões que foram às urnas, também é apontada como suspeita.

O Kremlin descarta as acusações como propaganda, e de resto o resultado será desdenhado de qualquer modo no Ocidente. Uma das maiores votações de Putin foi na região ocupada de Donetsk, na Ucrânia: 95%.

Seja como for, o fato incontornável é que o homem que comanda o maior arsenal nuclear do mundo e promove a maior guerra em solo europeu desde 2022, a invasão da Ucrânia, sela com a vitória grandiloquente seu momento positivo em quase 25 anos de poder.

Putin, um ex-tenente-coronel da KGB soviética chamado de medíocre por um superior e posteriormente diretor de sua agência de espionagem sucessora, o FSB, entrou no alto escalão do poder em 9 de agosto de 1999, quando o então presidente Boris Ieltsin o nomeou premiê.

Era o ocaso de uma era que não deixou saudades na Rússia. A dissolução da União Soviética em 1991 levou a uma abertura econômica desenfreada, que destruiu vidas em seu auge de crise, sete anos depois. Daquelas ruínas emergiu Putin, personagem então obscuro decidido a recompor o status do país.

Nos 8.988 dias que se seguiram até esse domingo, toda uma geração de russos nasceu sem conhecer outro presidente, a exemplo do que ocorria nos tempos imperiais e, de forma mais contida, sob o comunismo implantado em 1922.


LÍDER MODERNO MAIS LONGEVO DESDE STÁLIN

Em 2028, se estiver no seu gabinete, Putin ultrapassará os 29 anos de ditadura soviética sob Josef Stálin (1878-1953), tornando-se o mais longevo líder russo moderno.

Putin foi premiê naquele 1999, até o alquebrado e embriagado Ielstin renunciar no réveillon e lhe deixar a cadeira. Foi eleito em 2000 e 2004, e em 2008 voltou para o banco nominalmente do passageiro como primeiro-ministro do governo do pupilo Dmitri Medvedev.

Apesar de Putin já ter direcionado em 2007 sua visão estratégica para um embate com o Ocidente que ele via como traidor das promessas do fim da Guerra Fria, não totalmente sem razão, a Rússia se reergueu com a ajuda dos preços do petróleo e gás, sua fonte de vida econômica.

O pais se assemelhava a uma democracia ocidental na superfície, com a alternância controlada do poder, apesar de ter dado o primeiro tiro de advertência para a expansiva Otan [aliança militar liderada pelos EUA] ao promover uma guerra que tirou do controle da Geórgia 20% de seu território.

Putin voltaria eleito em 2012, enfrentando os primeiros grandes protestos contra seu jugo --foi ali que primeiro se ouviu falar de Navalni, que nunca teve densidade eleitoral nacional, mas que ganharia manchetes cinco anos depois ao comandar enormes atos mobilizados pela internet.

Começou então um recrudescimento do controle do governo sobre o sistema político e o acirramento da disputa com o Ocidente. Quando Kiev viu derrubado um presidente pró-Rússia em 2014, Putin anexou a Crimeia e fomentou a guerra no leste da Ucrânia.

Em 2018, houve uma "détente" provisória promovida pela Copa do Mundo bem-sucedida da Rússia. Dali em diante, a repressão ao dissenso só fez crescer.

Em 2020, o presidente mudou a regra do jogo na Constituição para poder concorrer a mais dois mandatos, devidamente submetendo a manobra a um plebiscito que, previsivelmente, a aprovou. Tornou-se aliado íntimo da China de outro homem forte, Xi Jinping, ganhando apoio econômico sob o risco de ser um parceiro júnior.

GUERRA DEFINIRÁ LEGADO

E em 2022 invadiu a Ucrânia, principal ato de seu reinado, cujo impacto vai se espraiar por gerações --independentemente do desfecho do conflito. A demografia declinante segue um desafio sem solução simples.

Em um momento de vantagem tática no campo, apesar de ter visto sua capital ser alvejada sem sucesso por drones neste último dia de eleição e ao menos uma pessoa morrer em bombardeiros em Belgorodo (sul), Putin irá agora usar a vitória acachapante como item legitimador de seus próximos passos.

Quais serão é a incógnita, que inclui ainda as dúvida acerca de como reanimar a economia que saiu-se bem sob a pressão de quase 20 mil sanções devido às suas políticas na Ucrânia, mas que sofre para elevar a renda média dos russos.

A turbulência inédita pela qual passou com motim de mercenários no ano passado deixou marcas, mas parece superada. Por ora, conversas sobre sucessão são evitadas: Putin é visto por agentes políticos e diplomáticos como um czar que ficará no poder além de 2036, limite teórico se for reeleito em 2030.

F. de São Paulo

sábado, 16 de março de 2024

"NINGUÉM DEVERIA SER PRESO POR FUM4R M4C0NHA", DIZ VICE PRESIDENTE DOS EUA

Nesta sexta-feira (15), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que “ninguém deveria ir para a prisão por fumar maconha” e classificou como “absurdas” as atuais restrições federais à droga.

Harris fez as declarações durante um evento na Casa Branca, acompanhada pelo rapper Fat Joe, que defendeu a descriminalização da maconha, e cercada por várias pessoas que foram perdoadas pelo presidente dos EUA, Joe Biden, por condenações relacionadas à posse da droga.

– A maconha é considerada tão perigosa quanto a heroína e mais perigosa que o fentanil, o que é absurdo, sem falar que é flagrantemente injusto – falou.

O posicionamento de Harris foi dado em um momento em que crescem as expectativas de que a DEA (Administração de Fiscalização de Drogas dos EUA) mude a classificação atual da maconha, que é considerada tão viciante quanto o LSD ou a heroína.

O Departamento de Saúde do país recomendou no ano passado que a maconha não fosse mais classificada na categoria conhecida como “tabela I”, que inclui substâncias sem uso médico aceitável, mas que fosse colocada na “tabela III”, que indica um nível menor de perigo.

A decisão final agora cabe à DEA, embora não se saiba quando isso ocorrerá.

A atual classificação da maconha na tabela I como substância altamente perigosa resultou em sentenças mais severas para aqueles que a usam ou vendem.

Biden, que concorrerá à reeleição nas eleições de novembro, está tentando atrair o voto dos jovens, que defendem amplamente a descriminalização da maconha.

Atualmente, o uso recreativo é legal em 24 estados e no Distrito de Colúmbia, onde fica a capital do país, Washington. Além disso, 38 dos 50 estados permitem o uso medicinal.

No entanto, a maconha continua sendo totalmente ilegal em alguns estados e em nível federal.

* EFE

sexta-feira, 15 de março de 2024

Homem morre após 70 anos com “pulmão de aço” nos EUA

O americano Paul Alexander, conhecido como “pulmão de aço”, morreu na última segunda-feira, dia 11, aos 78 anos, em Dallas, no Texas, nos Estados Unidos.

A causa da morte, porém, não foi divulgada. “Foi uma honra fazer parte da vida de alguém tão admirado quanto ele. Ele tocou e inspirou milhões de pessoas e isso não é exagero”, escreveu Philip Alexander, irmão da Paul

O homem era um sobrevivente da poliomielite. Ele contraiu a doença aos seis anos, em 1952. O americano ficou paralisado do pescoço para baixo, sem conseguir respirar, e precisou recorrer ao “pulmão de aço”.

O cilindro de metal o acompanhou por 70 anos, e era usado na respiração do homem. A máquina de metal imita o padrão respiratório humano com janelas e portas para cuidados médicos e um espelho para que pacientes possam interagir. Paul fez faculdade, tornou-se advogado e autor de livros. “Sua história viajou longe, influenciando positivamente pessoas ao redor do mundo. Paul foi um modelo incrível que continuará sendo lembrado”, disse Christopher Ulmer que ajudou na criação de uma vaquinha para custear os cuidados com Paul.

Com a ampla vacinação contra a poliomielite, o uso do “pulmão de aço” se tornou extremamente raro no Mundo.

Via PI24h

domingo, 10 de março de 2024

Direita vence em Portugal e elege ao menos 131 do total de 230 deputados

Chega! conquistou 18% dos votos e elegeu 46 deputados, mas não deve integrar o novo governo.
Os três partidos de direita venceram a esquerda com margem confortável de votos e deverá governar Portugal, após as eleições legislativas realizadas nesta domingo (10).

De acordo com os votos apurados até 21h30 (hora de Brasília), a aliança de centro-direita liderada pelo PSD deverá eleger 77 deputados e o Chega!, de direta, conquistou 46 assentos na Assembleia da República, enquanto a a Iniciativa Liberal (IL), também do campo conservador, elegeu 8 parlamentares. No total, o campo da direita elegeu ao menos 131 de um total de 230 deputados.

O percentual de abstenção sofreu redução expressiva em relação aos 42% de eleitores que não compareceram às urnas nas eleições anteriores. Neste domingo, a abstenção somou 33,8%, considerada baixa para os padrões do regime parlamentarista onde o voto não é obrigatório.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, reconheceu a derrota há poucos instantes e disse ainda que já felicitou o secretário-geral do PSD, Luís Montenegro. O PS elegeu 75 deputados e o Bloco de Esquerda (BE), apenas cinco. A derrota da esquerda tornará sua bancada a mais reduzida dos últimos tempos.

Chega! fora do governo

Durante coletiva, esta noite, Montenegro reafirmou promessa de campanha de que não convidaria o Chega! para compor o governo. Essa decisão deixa a aliança vencedora com maioria quase precária, em relação à esquerda.

Como determina o rito em um regime parlamentarista, o presidente português Marcelo Rebelo de Souza deverá convidar o líder do PSD e da AD, a formar o futuro governo, deflagrando negociações com objetivo de ampliar a aliança com o Chega e a Iniciativa Liberal.

(Diário do Poder)

Ditador Maduro sequestra diretor de campanha de Corina Machado

Ex-deputada informou o sequestro na rede social Instagram.
Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana, denunciou o sequestro de seu diretor de campanha do estado de Barinas,Emill Brandt, no oeste venezuelano, pelo regime de Nicolás Maduro.“Denuncio aos venezuelanos e ao mundo que o regime de Nicolás Maduro sequestrou o nosso Diretor do Comando de Campanha do estado de Barinas, Emill Brandt, poucas horas depois de eu ter visitado este estado”, publicou Corina Machado na rede social Instagram.

No post, a ex-deputada fez menção ao histórico de perseguição liderado por Maduro contra sua equipe e lembrou que teve dirigentes de sua campanha sequestrados em mais outros três estados. “Há 47 dias sequestraram nossos Diretores dos Comandos de Campanha dos estados de Trujillo, Vargas e Yaracuy, que hoje estão presos em El Helicoide, o maior centro de tortura da América Latina”, afirmou.

E Completou: “Exigimos uma reação firme de todos os atores nacionais e internacionais que apoiam uma verdadeira eleição presidencial na Venezuela”.

Fonte: Diário do Poder / Deborah Sena

sexta-feira, 8 de março de 2024

Líder diz que, se for 1º ministro, Lula não entrará em Portugal

O candidato a primeiro-ministro de Portugal André Ventura afirmou que, se escolhido para o posto, “Lula não vai entrar em Portugal”. Apoiadores que ouviam o discurso ovacionaram o deputado.

“Muitos que estão hoje entre nós, até muitos imigrantes brasileiros, entre outros, têm dito: ‘vençam essas eleições, façam justiça com o que acontece na Espanha, Brasil’”, destacou ao dizer que recebeu o apoio de brasileiros.

André Ventura é membro do grupo Identidade e Democracia, que reúne partidos de direita. Não é a primeira vez que o deputado critica Lula publicamente. Em janeiro do ano passado, ele chamou o brasileiro de “bandido”.

(Diário do Poder)

quarta-feira, 6 de março de 2024

Polícia da Índia prende todos os suspeitos de est*prar turista brasileira

Na Índia, todos os sete suspeitos acusados de est*prar uma turista brasileira. Após a prisão inicial de três indivíduos, as autoridades concluíram a captura dos quatro suspeitos restantes, confirmou Anjaneyulu Dodde, vice-comissária do distrito de Dumka.

O incidente ocorreu quando o casal viajava de Bengala Ocidental para o Nepal e foi abordado por policiais em patrulha. A vítima foi prontamente socorrida e os relatos de sua agonia precipitaram uma caçada intensiva que culminou na formação de uma equipe especial de investigação, detalhou o superintendente Pitambar Singh Kherwar.

O ministro Mithilesh Kumar Thakur assegurou: “Se um crime foi cometido, os culpados não serão poupados.”

(Hora Brasília)

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Cubanos sofrem com escassez de pão

O Minal informou que apenas um dos cinco processadores de trigo do país está operando no momento, produzindo meras 250 toneladas diárias de farinha, muito aquém das 20 mil toneladas mensais necessárias para a produção dos pães distribuídos na cesta básica subsidiada

O regime comunista cubano anunciou a impossibilidade de assegurar o fornecimento de pão na cesta básica nos próximos dias, devido à escassez de farinha de trigo que o país enfrenta atualmente. O anúncio foi feito no domingo (25). O Ministério da Indústria Alimentar (MINAL) afirmou que a falta de pão oferecido através do cartão de racionamento se deve a “situações pontuais”, sem dar mais detalhes sobre o assunto.

Acontece que a ilha está enfrentando dificuldades na recepção de pacotes importados de trigo, e a dependência das importações de alimentos é de aproximadamente 80%. Nos últimos anos, o governo fechou acordos com países aliados – como a Rússia – para garantir a entrada de farinha de trigo para fazer pão, o básico na dieta cubana. O regime comunista de Cuba atribui a responsabilidade pelos problemas à imposição de embargos.

O Minal informou que apenas um dos cinco processadores de trigo do país está operando no momento, produzindo meras 250 toneladas diárias de farinha, muito aquém das 20 mil toneladas mensais necessárias para a produção dos pães distribuídos na cesta básica subsidiada. O país caribenho possui cinco moinhos para processar trigo: três em Havana, um em Santiago de Cuba (leste) e outro em Cienfuegos (sudeste).

O Minal destacou ainda que buscará diminuir o déficit de trigo utilizando produtos similares, capazes de substituir 15% da farinha necessária para a produção do pão. A pasta afirmou estar explorando "alternativas" com outros organismos locais e empresas privadas de pequeno e médio porte, que também importam farinha por conta própria.

Cuba sofre de grave escassez de alimentos e medicamentos, bem como de frequentes cortes de energia, de inflação galopante e de dolarização parcial da economia. A situação se deve aos efeitos da pandemia combinados com os erros na política económica e monetária.

A crise do pão agrava a escassez de alimentos e medicamentos que assola Cuba, juntamente com os frequentes cortes de energia, a inflação crescente e a dolarização parcial da economia. Tais desafios são resultado das políticas econômicas e monetárias implementadas pelo regime comunista de Miguel Díaz-Canel.

E é pior ainda: a crise com a distribuição do pão coincide com o regresso dos apagões por falta de combustível nos últimos dois meses. Neste domingo (25), a companhia estatal Unión Eléctrica estimou que o país enfrentará nos próximos meses apagões simultâneos em quase 32% do território, como resultado da falta de combustíveis.

Com informações do DW

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Hamas agradece Lula por comparar ação de Israel em Gaza a Holocausto

Em comunidado à imprensa, Hamas agradeceu Lula por comparar os ocorridos em Gaza ao Holocausto da Segunda Guerra Mundial.
O grupo extremista Hamas, que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel, agradeceu a declaração do presidente Lula, que comparou os ataques israelenses ao massacre de judeus pela Alemanha nazista. O agradecimento foi divulgado em canais do Hamas do aplicativo Telegram, neste domingo (18/2).

“Nós, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), agradecemos a declaração do presidente brasileiro Lula da Silva, por descrever aquilo a que o nosso povo palestino tem sofrido na Faixa de Gaza como um Holocausto. Os acontecimento na Faixa de Gaza são como o que o líder nazista Hitler fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial”, destaca o comunicado.

Segundo a mensagem Hamas, Lula fez “descrição precisa dos desafios enfrentados pelo povo palestino e revela a gravidade do crime sionista, realizado com o apoio da administração presidente dos Estados Unidos, Joe Biden”.

“Pedimos à Corte Internacional de Justiça que leve em conta o que o presidente brasileiro disse sobre as coisas ruins que estão acontecendo com os palestinos por causa do exército de ocupação e dos colonos. Isso é algo muito sério e nunca visto antes na história recente”, afirma o comunicado do Hamas.

Por que Hamas agradeceu Lula

O presidente Lula disse, neste domingo (18/2), que são comparáveis os ocorridos na Faixa de Gaza e o Holocausto da Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, em coletiva de imprensa.

A declaração de Lula está sendo condenada por entidades judaicas e por políticos de oposição, além de ter sido duramente criticada pelo governo de Israel, que convocou o embaixador brasileiro no país para explicações.

(Folha do Estado/Metropoles)

Netanyahu diz que Lula "cruzou linha vermelha" ao comparar Gaza com holocausto

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cruzar uma “linha vermelha” com suas declarações sobre a guerra na Faixa de Gaza. As afirmações de Lula, que comparou o Exército israelense ao nazismo e a Hitler, foram consideradas “vergonhosas e graves” pelo governo de Israel, que convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv para uma reprimenda.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, publicou Netanyahu no X (antigo Twitter).

“Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e faz isso ao mesmo tempo que defende o direito internacional”, acrescentou o premiê.

As declarações de Lula foram feitas durante uma coletiva de imprensa no domingo (18), após sua participação na 37ª Cúpula da União Africana em Adis Abeba, Etiópia. Ao responder a uma pergunta sobre a decisão de seu governo de fornecer novos aportes de recursos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), Lula afirmou:

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse ele.

A convocação do embaixador brasileiro é um ato diplomático de forte simbolismo, que demonstra o grau de insatisfação do governo israelense com as declarações de Lula. O chanceler Israel Katz classificou as palavras do presidente como “uma tentativa de prejudicar o direito de Israel de se defender”.

(Gazeta Brasil)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Relatório mostra que Joe Biden tem problemas de memória

Na última quinta-feira, 8, a escolha de não formalizar acusações criminais contra o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, relacionadas ao manuseio inadequado de documentos confidenciais, inicialmente destinava-se a ser uma absolvição jurídica, porém acabou se transformando em um revés político.

A investigação sobre a forma como Biden lidou com os documentos depois de ser vice-presidente concluiu que ele era um “homem idoso e bem intencionado com memória fraca” e tinha “faculdades diminuídas por conta da idade avançada” – afirmações tão surpreendentes que provocaram uma reação inflamada por parte de Biden após a divulgação do relatório.

Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Biden criticou na noite de quinta-feira o relatório de Robert Hur, o conselheiro especial, acusando os autores do relatório de “comentários estranhos” sobre sua idade e capacidade mental. “Eles não sabem do que estão falando”, disse o presidente categoricamente.

Biden pareceu fazer uma exceção especial à afirmação do relatório de que durante entrevistas com os investigadores, ele não conseguia se lembrar em que ano seu filho Beau morreu.

“Como diabos ele se atreve a falar isso”, disse o presidente, parecendo conter as lágrimas. “Durante todos os Dias da Memoria (Memorial Day) realizamos um culto em homenagem a ele, com a presença de amigos e familiares e das pessoas que o amavam. Não preciso de ninguém, não preciso de ninguém para me lembrar quando ele faleceu.”

Dano político

A marcante aparição do presidente dos Estados Unidos diante dos repórteres destacou o potencial dano político que o relatório de Hur poderia causar, mesmo sem acusações criminais. A discussão sobre a memória e a idade do presidente permeou o extenso documento de 345 páginas, sendo prontamente explorada pelos republicanos, incluindo o possível adversário de Biden nas eleições de 2024, o ex-presidente Donald Trump.

No relatório, Hur afirmou que o presidente, então com 80 anos, demonstrou confusão ao longo de cinco horas de entrevistas, tornando difícil convencer os jurados de que Biden sabia que sua abordagem aos documentos estava equivocada. O relatório antecipou que, caso o presidente fosse acusado, seus advogados enfatizariam essas limitações em sua defesa.

Devido, em parte, à questão da memória de Biden, Hur optou por não recomendar acusações contra o presidente pelo que o relatório descreveu como retenção intencional de segredos de segurança nacional, incluindo documentos compartilhados pelo presidente que envolviam “fontes e métodos de inteligência sensíveis”.

Em sua própria declaração por escrito, emitida logo após a divulgação do relatório, Biden aparentemente sugeriu uma razão para sua distração.

“Eu estava tão determinado a dar ao advogado especial o que eles precisavam que continuei com cinco horas de entrevistas pessoais durante dois dias, 8 e 9 de outubro do ano passado, apesar dos ataques que ocorreram em Israel no dia 7 de outubro e eu estava no meio de uma crise internacional”, escreveu Biden. “Eu simplesmente acreditava que era isso que devia ao povo americano.”

Com informações de Estadão

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Rei Charles III é diagnosticado com câncer na Inglaterra

Caso precise ser afastado das atividades, um Conselho assume as funções do rei.
No primeiro ano do reinado que por tanto tempo esperou, o rei Charles III viu o Palácio de Buckingham informar na última segunda-feira (5), que sua Majestade está com câncer , sem descrever o tipo, tampouco o estágio do mesmo.

Mas e agora, o que acontece se Charles precisar se afastar de suas atividades reais. Quem assume as responsabilidades?

De acordo com a BBC, rede britânica de comunicação, a Constituição do Reino Unido prevê que, quando o chefe de Estado não tiver condições de cumprir suas obrigações oficiais, um conselho de Estado será nomeado e ocupará o lugar e as funções do rei . Este conselho é formado por membros da família real:

- Rainha Camilla (esposa de Charles) 
- Príncipe William (filho mais velho) 
- Princesa Anne (irmã)

Os príncipes Harry e Andrew não podem mais ser convocados porque, apesar de ainda serem parte da realeza, não podem mais trabalhar em funções reais.

Ainda de acordo com o palácio, o rei Charles III já iniciou o tratamento contra o câncer. Algumas atividades públicas serão adiadas por recomendação médica, mas ele deve seguir com demandas em escritório e os encontros semanais com o primeiro-ministro.

Nesta terça-feira (6), o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que o tumor foi descoberto em estágio inicial. A doença foi descoberta quando Charles passou por uma internação hospitalar para tratar o crescimento da próstata, que não era um tumor, de acordo com a Reuters.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Estados Unidos atacam combatentes pró-Irã na Síria

Ofensiva contra milícias xiitas ligadas ao Irã ocorre em retaliação à morte de três soldados norte-americanos, em bombardeio à base Torre 22, no nordeste da Jordânia, em 28 de janeiro
Os Estados Unidos atacaram, na noite desta sexta-feira (horário local), alvos ligados a milícias xiitas pró-Irã na Síria. A ofensiva militar foi uma primeira retaliação à morte três soldados norte-americanos, durante bombardeios de drones à Torre 22, uma base militar usada pelos Estados Unidos no nordeste da Jordânia, na fronteira com a Síria. Drones atingiram o alojamento da Torre 22, no domingo (28/1). A organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que seis combatentes pró-iranianos foram mortos na onda inicial de resposta dos Estados Unidos.

Na última quinta-feira, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, tinha confirmado que os planos de retaliação estavam aprovados e que o início dos ataques dependia apenas das condições climáticas na região. Por sua vez, o presidente Joe Biden havia sinalizado que não desejava uma escalada do conflito no Oriente Médio. O ataque à Síria ocorreu poucas horas depois de Biden receber os corpos dos três soldados na Base Aérea Dover, em Delaware.

Correio Brasiliense

domingo, 28 de janeiro de 2024

EUA cogitam impor sanções após decisão contra opositora na Venezuela

O governo dos Estados Unidos ameaça ampliar sanções contra a Venezuela, em comunicado divulgado neste sábado (27). A nota do Departamento do Estado qualifica como “profundamente preocupante” a decisão da Suprema Corte venezuelana de desqualificar da disputa nas urnas María Corina Machado, vencedora de primárias oposicionistas.

Além disso, o governo americano diz que o processo contra Corina Machado “carecia de elementos básicos”, pois a líder oposicionista não recebeu uma cópia das alegações contra ela nem teve a oportunidade de contestá-las. O Departamento do Estado recorda que Maduro e seus representantes haviam feito um compromisso eleitoral, a fim de permitir que todos os partidos selecionassem seus candidatos.

– Os Estados Unidos estão atualmente revisando nossa política de sanções para a Venezuela, baseado neste acontecimento e no recente acosso político a candidatos da oposição democrática e à sociedade civil – afirma a nota do governo americano.

SOBRE A INELEGIBILIDADE DE MARÍA CORINA

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou nesta sexta-feira (26) a proibição da presidenciável María Corina Machado para ocupar cargos públicos por 15 anos. A medida barra a líder opositora da eleição e reduz as chances de mudança no Palácio de Miraflores ao deixar o caminho livre para mais um mandato do ditador Nicolás Maduro, no poder há 12 anos.

A confirmação veio nesta sexta após uma série de decisões da Corte sobre outros políticos venezuelanos. Henrique Capriles, uma das principais vozes da oposição, também teve confirmada sua proibição de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos. Leocenis García e Richard Mardo, por sua vez, tiveram suas inabilitações canceladas.

As decisões do TSJ que barram María Corina Machado e outros políticos do pleito eleitoral são consideradas injustas por políticos e ativistas venezuelanos. Eles acreditam o regime utiliza estas sentenças como ferramenta para punir e retirar da cena política as principais figuras da oposição, deixando o caminho livre para a consolidação de Nicolás Maduro no poder.

Segundo a decisão da Corte, María Corina Machado, de 56 anos, foi inabilitada por ser “participante do esquema de corrupção orquestrado pelo usurpador Juan Antonio Guaidó”. O TSJ se refere ao período de 2019 até 2023 em que Guaidó foi reconhecido pela oposição e por mais de 60 países como presidente interino da Venezuela com o fim de isolar a ditadura de Maduro.

*AE

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Adolescentes são condenados a 12 anos de prisão na Coreia do Norte por assistir televisão

Imagens raras obtidas pela BBC Korean mostram a Coreia do Norte sentenciando publicamente dois adolescentes a 12 anos de trabalho árduo por assistirem a K-dramas (séries de televisão sul-coreanas).
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As imagens, aparentemente gravadas em 2022, exibem dois rapazes de 16 anos algemados diante de centenas de estudantes em um estádio ao ar livre.

Também mostra oficiais fardados repreendendo os garotos por não “refletirem profundamente sobre seus erros”.

O entretenimento sul-coreano, incluindo conteúdos de TV, é proibido na Coreia do Norte.

Apesar disso, alguns estão dispostos a correr o risco de punições severas para acessar K-dramas, que têm uma enorme audiência global.

Imagens como essas são raras, pois a Coreia do Norte proíbe que fotos, vídeos e outras evidências da vida no país vazem para o mundo exterior.

O vídeo foi fornecido à BBC pelo Instituto de Desenvolvimento Sul e Norte (Sand), uma instituição de pesquisa que trabalha com desertores do Norte.

Isso sugere que as autoridades estão sendo mais rigorosas em relação a tais incidentes.

O clipe teria sido distribuído na Coreia do Norte para educação ideológica e para alertar os cidadãos a não assistirem a “vídeos decadentes”.

O vídeo inclui um narrador repetindo a propaganda estatal. “A cultura do regime de marionetes decadente se espalhou até mesmo para os adolescentes”, diz a voz, em uma aparente referência à Coreia do Sul.

“Eles têm apenas 16 anos, mas arruinaram o próprio futuro”, acrescenta.

Os garotos também foram identificados pelos oficiais, e seus endereços foram revelados.

No passado, menores que infringiam a lei dessa maneira eram enviados para campos de trabalho juvenil, em vez de serem presos, e a punição geralmente era inferior a cinco anos.

Em 2020, no entanto, Pyongyang promulgou uma lei tornando o ato de assistir ou distribuir entretenimento sul-coreano passível de pena de morte.

Um desertor anteriormente contou à BBC que foi obrigado a testemunhar a execução de um homem de 22 anos a tiros. Ele disse que o homem foi acusado de ouvir música sul-coreana e de ter compartilhado filmes do Sul com um amigo.

A CEO da Sand, Choi Kyong-hui, afirmou que Pyongyang vê a disseminação de K-dramas e K-pop como uma ameaça à sua ideologia.

“A admiração pela sociedade sul-coreana pode levar rapidamente ao enfraquecimento do sistema… Isso vai contra a ideologia monolítica que faz os norte-coreanos reverenciarem a família Kim”, disse ela.

Os norte-coreanos começaram a ter contato com o entretenimento sul-coreano nos anos 2000, durante os anos da “política de sol” do Sul, que oferecia ajuda econômica e humanitária incondicional ao Norte.

Seul encerrou a política em 2010, afirmando que a ajuda não chegava aos norte-coreanos comuns a quem se destinava e que não resultara em “mudanças positivas” no comportamento de Pyongyang.

No entanto, o entretenimento sul-coreano continuou a alcançar a Coreia do Norte por meio da China.

“Se você for pego assistindo a um drama americano, pode escapar com um suborno, mas se assistir a um drama coreano, é morte certa”, disse um desertor norte-coreano à BBC Korean na quinta-feira.

“Para o povo norte-coreano, os dramas coreanos são uma ‘droga’ que os ajuda a esquecer sua difícil realidade”, disse o desertor.

“Na Coreia do Norte, aprendemos que a Coreia do Sul vive muito pior do que nós, mas quando você assiste a dramas sul-coreanos, é um mundo completamente diferente. Parece que as autoridades norte-coreanas estão preocupadas com isso”, disse outro desertor norte-coreano na casa dos 20 anos.

(Terra Brasil Notícias)

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Raio mata 16 pessoas que seguiam para festa de casamento; vítimas eram parentes do noivo

Uma verdadeira tragédia acabou com uma festa de casamento em Bangladesh, no norte da ìndia: 16 pessoas que participariam da festa morreram atingidas por um raio quando estavam a caminho da cerimônia. O caso foi mostrado essa semana pela rede BBC Brasil.

Pai, avós, primos, tios e tias do noivo estavam entre as vítimas do acidente que ocorreu em 2021, mas que só agora foi mostrado pela BBC. O jovem que perdeu os familiares tinha apenas 21 anos na época do acidente. Ele mantinha o caso em segredo pelo trauma que a situação lhe causou durante todo esse tempo, mas depois de ter revelado, a tragédia passou a repercutir em todo o mundo.

Os parentes do noivo estavam de barco indo para a festa de casamento, mas uma tempestade virou a embarcação no mar. Para se salvar, eles buscaram abrigo em uma cobertura metálica às margens do rio, onde um raio caiu e matou todos eles. A festa foi cancelada e a comida foi distribuída entre famílias carentes de Bangladesh.

Bangladesh é propenso a ocorrências frequentes de raios, especialmente durante a estação chuvosa, que geralmente ocorre entre junho e outubro. A topografia e as condições meteorológicas dessa região, juntamente com a estação chuvosa, criam um ambiente propício para a formação de tempestades elétricas.

(Revista Central)

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O Equador mergulhado no caos

Como é possível que um país considerado, até poucos anos atrás, um dos mais seguros da América do Sul esteja hoje em uma situação equivalente à de uma guerra civil, com a suspensão de garantias constitucionais e poder de polícia concedido às Forças Armadas? O mergulho do Equador no caos total começou com a fuga do líder de uma das principais facções do crime organizado do país, no último fim de semana, mas não é um episódio súbito e isolado, e sim o resultado de um processo que guarda muitas similaridades com os antigos problemas que afligem a segurança pública no Brasil.

O crime organizado já deu inúmeras demonstrações de força desde a fuga de José Adolfo Macias. Não apenas a Los Choneros, mas outras facções estão levando o terror aos equatorianos. Policiais foram sequestrados, explosões foram registradas em várias cidades do país, o estúdio de uma emissora de televisão foi invadido, e as prisões do país estão em ebulição, com novas fugas e rebeliões em que há mais de uma centena de reféns. Assim como no Brasil, a maioria dos estabelecimentos prisionais já se tornou “propriedade” das facções, e Macias conseguiu fugir justamente depois de ser transferido de uma penitenciária federal de segurança máxima para uma cadeia regional em Guayaquil, graças a uma decisão judicial assinada por um magistrado com histórico de decisões favoráveis a chefões do crime organizado e que acaba de ser suspenso.

Enquanto a deterioração da segurança pública no Equador foi um processo de poucos anos, no Brasil ela vem ocorrendo lentamente há décadas.

O Equador ostentou taxas bastante baixas de homicídios até 2017, mas mesmo antes disso alguns acontecimentos começaram a traçar o destino do país, como o desmantelamento de uma base militar norte-americana em uma região portuária do país em 2009, por ordem do esquerdista Rafael Correa. O ponto de inflexão, no entanto, veio com o acordo de paz entre o governo colombiano do então presidente Juan Manuel Santos e os narcoterroristas das Farc, em 2016. O tráfico fincou suas bases no vizinho Equador, onde se aliou a cartéis mexicanos e até albaneses, e se aproveitou dos 2,2 mil quilômetros de costa para colocar de vez o país na rota do transporte de narcóticos para os Estados Unidos e a Europa, via Canal do Panamá. A omissão ou a incompetência do Estado equatoriano em combater os cartéis permitiu que eles se fortalecessem a ponto de se sentirem capazes de cometer crimes políticos de grande efeito na vida do país – embora o assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio, em agosto de 2023, ainda não tenha sido esclarecido, ele estava na mira dos cartéis, que já o haviam ameaçado de morte.

Enquanto a deterioração da segurança pública no Equador foi um processo de poucos anos, no Brasil ela vem ocorrendo lentamente há décadas. E, se aqui o crime organizado não chegou ao ponto de colocar um país inteiro de joelhos, já causou pânico generalizado em algumas regiões do país, como nas ondas de ataques do PCC no estado de São Paulo, e há várias características em comum entre os casos equatoriano e brasileiro. Com exceções (como as prisões federais de segurança máxima), as cadeias são hoje dominadas pelas facções, e fora dos muros das penitenciárias há territórios inteiros dominados por traficantes ou milicianos, da Amazônia ao Rio de Janeiro, onde ainda por cima ganharam carta branca para se reforçar graças a decisões do Supremo Tribunal Federal que amarraram os braços do Estado e o impedem de combater os criminosos com a força necessária.

Independentemente do acerto ou não do instrumento escolhido pelo presidente Daniel Noboa para tentar combater os cartéis – o estado de exceção já foi decretado dezenas de outras vezes nos últimos anos –, fato é que a espiral de violência que sugou o Equador mostra de maneira inequívoca os efeitos do descaso com a segurança pública. Quando o Estado não quer ou não consegue combater o crime, quando as leis são extremamente lenientes com os bandidos, quando o debate público é dominado por correntes ideológicas que enxergam os criminosos como “vítimas da sociedade”, os resultados trágicos aparecem, mais cedo ou mais tarde.

(Gazeta do Povo)

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

EXPRESSIVOS 528% - Ditadura de Cuba anuncia aumento dos preços de combustíveis

A ditadura de Cuba anunciou nesta segunda-feira (8) um aumento de 528% nos preços da gasolina e do diesel comuns a partir de 1º de fevereiro, passando dos atuais 25 pesos cubanos para 132 pesos (R$ 5,36 no câmbio oficial), como parte do grande plano de ajuste macroeconômico anunciado em dezembro.

O aumento foi confirmado pelo ministro de Finanças e Preços, Vladimir Reguero, durante uma entrevista à rede de televisão estatal na qual ele também garantiu que o programa tem como objetivo “reanimar” a economia cubana, que está atolada em uma crise profunda.

Da mesma forma, o preço da gasolina especial (94 octanas) subirá de 30 pesos por litro para 156 pesos (R$ 6,33), enquanto o do diesel especial passará dos atuais 27,5 pesos para 150 (R$ 6,09). Os aumentos seriam de 520 e 546%, respectivamente.

O regime cubano disse que cerca de 28 postos de combustíveis no país começarão a aceitar de turistas pagamento em dólar. “Agora, se ao mesmo tempo tivermos uma cadeia de postos que vendem em moeda nacional a 30 pesos, ninguém irá àqueles que vendem em moeda estrangeira. Temos de alinhar os preços com a taxa de câmbio oficial que temos hoje no país, (de) 120 pesos para um (dólar) (…) Portanto, os preços em moeda nacional vão subir”, afirmou o ministro.

Reguero disse ainda que a cobrança de gasolina e diesel em dólares teria como objetivo obter moeda para o “fornecimento” de combustível na ilha, que é altamente dependente de importações de países aliados, como Rússia, Venezuela e México.

CONTA DE LUZ MAIS CARA

Como o governo também havia anunciado em meados de dezembro, a tarifa de eletricidade vai aumentar neste ano, apenas para os consumidores domésticos, que são os que mais consomem.

O ministro de Energia e Minas afirmou que haverá um aumento de 25% para cada quilowatt (kW) extra que exceder a proporção de 500 quilowatts por hora (kWh). Esse aumento, conforme ele esclareceu, afetaria apenas entre 2% e 5% dos consumidores, de acordo com os cálculos do governo.

Em Cuba, as residências são responsáveis por cerca de 60% dos gastos com energia elétrica.

Em 2024, Cuba implementará um de seus maiores planos de ajuste macroeconômico em décadas, com aumentos em serviços como energia, água e gás e o fim do subsídio universal aos alimentos.

O governo enfatizou a urgência dessas medidas e ressaltou que não afetarão os setores mais vulneráveis.

A ilha, governada por Miguel Díaz-Canel, encerrou 2023 com uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de até 2%, segundo o governo, e um déficit fiscal equivalente a 19% do PIB. A inflação oficial ultrapassará 30%, de acordo com cálculos oficiais.

(Com Agência EFE)

URGENTE! Presidente do Equador põe exército e polícia na rua e declara "conflito armado interno"

Nesta terça-feira (9), o Presidente do Equador, Daniel Noboa, edita decreto classificando facções criminosas como grupos terroristas e anuncia mobilização das forças armadas contra o narcotráfico.

A medida autoriza a intervenção do Exército e da Polícia Nacional no país contra facções criminosas.

Conforme foi relatado aqui no Vista Pátria, na tarde de hoje criminosos invadiram a sede da TC Television e mantêm jornalistas e técnicos como reféns.

Sequestros de policiais, dois traficantes que fugiram da prisão, tumultos em presídios e ataques com explosivos nas ruas: o tráfico de drogas desafia o presidente do Equador, Daniel Noboa, em sua primeira crise após assumir o poder em novembro.

Há dois dias, o país sul-americano vive noites de terror. Sete policiais foram sequestrados durante o estado de exceção ordenado pelo governo na segunda-feira, em meio a um surto de violência ligado ao tráfico de drogas.

Vista Pátria

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

EUA oferecem recompensa de quase R$ 50 milhões por informações sobre financiadores do Hamas

O Departamento de Estado norte-americano anunciou, nesta sexta-feira, uma recompensa de até 10 milhões de dólares ( cerca R$ 48,75 milhões) por informações que possam prejudicar os mecanismos financeiros do grupo terrorista Hamas e levar à detenção de figuras-chave envolvidas. O comunicado destaca o interesse em obter informações sobre “facilitadores financeiros” do Hamas, incluindo Abdelbasit Hamza Elhassan Mohamed Khair, conhecido como “Hamza”, que, no Sudão, administrou várias empresas na carteira de investimentos dos terroristas e esteve envolvido na transferência de cerca de 20 milhões de dólares para o grupo.

A nota do Departamento de Estado também menciona Amer Kamal Sharif Alshawa, Ahmed Sadu Jahleb e Walid Mohammed Mustafa Jadallah, identificados como “agentes do Hamas” e parte da rede de investimentos do grupo na Turquia. A recompensa visa coletar informações cruciais sobre essas figuras e suas atividades.

O Departamento de Estado dos EUA designou o Hamas como uma organização terrorista estrangeira em outubro de 1997. A medida atual busca desmantelar os mecanismos financeiros do grupo e prevenir suas atividades terroristas.

(Gazeta Brasil)

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