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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Cearense que acordava às 2h para estudar inglês realiza sonho de chegar ao MIT

Alisson Amaral, de 18 anos, ex-aluno de escola cearense, já abriu seu próprio negócio: uma startup que salva bebês.
Massachusetts é um nome associado a inteligência. Como não é surpresa, um cearense pode confirmar isso. Alisson Amaral, de 18 anos, foi aprovado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), onde estudou por um mês, desenvolveu uma startup e voltou com vários projetos a serem aplicados em Fortaleza, além de se preparar para lançar sua candidatura a uma universidade americana.

Quando ainda estudava o 1º ano do Ensino Médio, o jovem recebeu a notícia de que uma colega da escola teria sido aprovada no MIT e, no mesmo momento, pensou: “Se ela consegue, eu também consigo”.

Alisson, que já participava de turma preparatória para o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e costumava participar de olimpíadas científicas, tendo recebido uma medalha de bronze na Olimpíada Íbero-Americana, visualizou o sonho e foi atrás dele.

Mas um novo desafio o aguardava: o inglês. Seus pais se preocuparam porque Alisson não tinha o idioma fluente, mas através de uma rotina intensa de estudos ele provou que conseguia. Passava o dia na escola, chegava em casa e dormia apenas 4 horas, com o despertador acordando-o às 2h da manhã. A partir daí ele estudava inglês sozinho por 6h seguidas. Ao término, já ia para a escola e continuava a rotina.

Nos três anos de ensino médio, Alisson estudou no Colégio Ari de Sá e se preparou para as provas, que eram de matemática, física e química. Apesar de também ter tentado o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e ter sido aprovado, ele optou por não cursar. Recém-chegado do MIT, ele comemora a experiência com planos e pretende lançar a sua candidatura em uma universidade americana.


Experiência

No MIT, estudou sobre empreendedorismo. “Antes um problema era apenas um problema. Agora é uma oportunidade. Erro e fracasso são métodos de aprendizado”, destaca. O resultado disso foi o projeto que pretende colocar em prática em breve. Ele está trabalhando em um curso de empreendedorismo nas escolas. “Quando a gente ama um projeto vai fundo e consegue”, vislumbra.

Mesmo que seja aceito em uma universidade americana, ele não descarta este projeto de empreendedorismo e de duas startups que está tocando. Como a faculdade permite que o estudante utilize um ano realizando algum projeto, Alisson poderá usar esse artifício caso seja aprovado. Além dessa extensão, o curso também permitiu a realização de um sonho. Ele conheceu pessoalmente o professor de física David Morin, de quem era fã e só conhecia pelos livros que estudava.

Estar longe da família e dos amigos o incentivou a buscar seus objetivos. “É bem diferente, você fica mais focado”, revela. O fato de o ensino ser baseado em discussões, debates e atividades o impulsionaram a agira mais. Ele que já não dependia de ninguém para estudar, agora buscava novos desafios e a maturidade alcançada surpreendeu seus pais. “Hoje eles me veem diferente, que cresci, que estou mais independente”, confirma. 

Com a experiência de dois amigos aprovados em universidades americanas ele teve a certeza de que este é o seu objetivo. “Lá existe a metodologia que você coloca a mão na massa mesmo, além de ter várias culturas trocando conhecimento, é isso o que eu quero”, define. Um dos frutos que o MIT lhe deu foi a startup que criou junto com três colegas, onde um aparelho mede o nível de oxigênio do bebê e alarma caso passe do normal.

“Em países em desenvolvimento alguns bebês têm problemas com asfixia, respiração pulmonar e podem vir a óbito. Após o feedback dos nossos mentores, estamos trabalhando no design e queremos implantar na Índia. É difícil porque a equipe tem pessoas de países com fusos horários diferentes mas vamos dar prosseguimento sim”, explica.

Uma outra startup que implementou trata-se de uma plataforma que conecta professores e alunos. A ideia alcançou o 2º lugar no Startup Wekend de 2015. Os dois projetos além de ajudar a comunidade, podem impulsionar a sua candidatura à universidade americana e torná-la mais competitiva.

“Se você realmente ama o que sonha em fazer, vá atrás e não desista. Se você desistir, sequer vai saber o que viria depois da tentativa. Mesmo que seja um erro, há um aprendizado nisso”, incentiva.

Fonte: Tribuna do Ceará

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