João Pedro de Oliveira Rosa, conhecido como “Paulista”, foi condenado a 168 anos de prisão por sua participação em um dos episódios mais chocantes e violentos da história do sistema prisional do Amazonas.
O julgamento aconteceu no Fórum Ministro Henoch Reis, em Manaus, e tratou da rebelião que resultou em um verdadeiro banho de sangue no dia 8 de janeiro de 2017, na antiga Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa.
Na rebelião, que ocorreu em resposta à chacina de mais de 50 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, João Pedro foi acusado de assassinar quatro presos e tentar matar outros seis.
O caso ganhou repercussão nacional devido ao extremo grau de crueldade: ele arrancou e comeu o coração de duas vítimas, um ato assustador que ultrapassa os limites da barbárie e evidencia o clima de terror vivido nas prisões.
As vítimas fatais foram identificadas como Tássio Caster de Souza, Rildo Silva do Nascimento, Fernandes Gomes da Silva e Rubiron Cardoso de Carvalho.
Entre os sobreviventes, alvos das tentativas de homicídio, estão nomes como Márcio Pessoa da Silva e Anderson Gustavo Ferreira da Silva.
Durante o julgamento, a defesa tentou minimizar a participação de João Pedro, alegando que as acusações foram forjadas por outros presos.
No entanto, o Ministério Público apresentou provas irrefutáveis, incluindo vídeos, laudos periciais e testemunhos que confirmaram o envolvimento do réu nos crimes hediondos.
Além das mortes e tentativas de assassinato, Paulista foi condenado também por vilipêndio de cadáver e motim, o que acrescentou mais seis anos e quatro meses à pena total.
A juíza determinou o cumprimento imediato da sentença, que será cumprida em regime fechado. João Pedro já cumpria uma pena de 24 anos por outros crimes e, agora, com a nova condenação, deve permanecer encarcerado pelo resto da vida. A defesa ainda pode recorrer da decisão.
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