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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Manifestantes usam carro-bomba para enfrentar tropas na Líbia

Pessoas protestam na Líbia; manifestantes usam carro-bomba e tanques para atacar acampamento militar na cidade de Benghazi



Os opositores ao regime de Muamar Gaddafi usaram um carro com explosivos e um tanque para atacar um acampamento militar na cidade de Benghazi, Líbia, segundo informaram testemunhas à emissora de TV CNN.
Os confrontos na Líbia entre manifestantes e forças de segurança mataram outras 25 pessoas neste domingo, segundo relatou um médico do hospital Al Jalla à rede norte-americana.
A rede afirma ainda que, com os confrontos de domingo, as mortes no país chegam a 209. Estimativas da ONG Human Rights Watch contabilizam 173 mortos --mas a própria organização diz que o número é conservador.
Tiroteios intensos também foram relatados pelas agências de notícias Reuters e France Presse.
"Estamos dentro de casa, e as luzes estão apagadas. Há tiroteios nas ruas", disse um morador da cidade à Reuters. "É isso o que eu ouço, tiros e pessoas. Eu não posso sair para fora."

Os manifestantes, inspirados pela agitação na vizinha Tunísia e no Egito, exigem o fim da ditadura de Muamar Gaddafi, que já dura 42 anos. Suas forças de segurança responderam com violência. As comunicações estão sendo controladas, e o acesso de jornalistas internacionais a Benghazi não é permitido.
Na noite de hoje, o filho do ditador falou à televisão estatal em dialeto líbio. De acordo com a rede Al Jazeera, ele prometeu reformas e indicou que uma "guerra civil" vai começar, caso prossigam as manifestações.
Saif El Islam Gaddafi também disse que a imprensa está exagerando sobre os acontecimentos no país, além de informar que o número de mortes é de apenas 14 pessoas --ele também declarou pesar pelas mortes.
"Nós vamos escolher novas leis para a imprensa, direitos civis, suspender punições estúpidas, vamos ter uma Constituição. Vamos criar uma nova Líbia amanhã. Vamos consentir um novo hino nacional, uma nova bandeira, uma nova Líbia. Ou estejam preparados para uma guerra civil", declarou ele.
O filho do ditador também informou que grupos islâmicos estão por trás dos protestos, e que estão se beneficiando com a situação.

Fonte: Folha.com




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