Do UOL, em São Paulo
José Ricardo Leite
Um possível retorno do goleiro Bruno ainda não é debatido entre os dirigentes do Flamengo, que demonstraram certa surpresa com a chance de o jogador poder voltar a treinar na Gávea.
Isso porque o advogado do atleta, Rui Pimenta,promete que irá fazer com que o jogador se apresente ao time carioca um dia depois de ser libertado, caso consiga um habeas corpus para deixar a cadeia.
E, de acordo com o advogado, isto pode acontecer em breve. Ele afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar em até três semanas o pedido de habeas corpus para que Bruno aguarde em casa o julgamento sobre a sua participação na morte da ex-amante Eliza Samudio.
“Eu nem avaliei essa situação. É uma coisa muito no ar, ainda vaga para eu me preocupar. Isso é um problema antes mesmo de eu chegar ao clube. Não devo comentar isso, estou bem por fora. Não havia sido nada cogitado”, falou Paulo César Coutinho, vice de futebol rubro-negro.
“Como jogador, é um excelente goleiro, e se o contrato está suspenso [e não rescindido] tem que ver com o jurídico. Ninguém se preparou para essa situação. Não posso comentar uma coisa que é hipótese”, continuou.
O arqueiro tem contrato com o Flamengo com validade até o fim deste ano. O vínculo, no entanto, está atualmente suspenso pelo fato de o jogador estar preso em Contagem (MG) por ser suspeito de comandar a morte da ex-amante Eliza Samudio.
COMO ESTÁ O CASO BRUNO
Bruno ainda não foi julgado pela Justiça de Minas Gerais pela acusação de comandar a morte da ex-amante Eliza Samudio.
Mas, independentemente desta acusação, o goleiro já tem uma condenação de quatro anos e seis meses de prisão pela Justiça do Rio, em dezembro de 2010, por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal. Ele ainda será julgado pelo desaparecimento da ex-amante. A juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, pronunciou o ex-jogador por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento ainda não tem data marcada.
Segundo especialistas, o goleiro pode ser condenado por até 72 anos de prisão, se for condenado por todos os crimes cometidos.
Até o momento, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais já recebeu e negou 62 pedidos de habeas corpus, que serviriam para colocar Bruno em liberdade.













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