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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Avó suspeita de sequestrar menina troca ofensas com filha em delegacia

Mãe e avó da menina Anna Júlia Moreira Franco, de 5 anos, trocaram ofensas na 73ª DP (Neves), na noite desta quinta-feira. A comerciante Márcia Barroso Pessanha Franco, de 59 anos, suspeita de sequestrar a neta, presa na tarde desta quinta, acusou Pâmela Pessanha Franco, 29 anos, de usar drogas.

"Ela era um anjo, mas quando usava droga virava um monstro", disse Márcia. Ela ainda acusou a filha de maltratar Anna Júlia e o pai, Vagner Moreira Araújo, de ser contraventor e abusar sexualmente da criança.
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

"Ela não sabe do que está falando. Tenho testes que provam que nem eu, nem meu marido, usamos drogas", defendeu-se Pâmela. Tanto mãe quanto a avó cobriam Anna Júlia de carinhos, na porta da delegacia.

A avó ainda disse possuir laudos que provam que ela possui a guarda da criança, ainda não atestados pelos agentes.

A Polícia Civil ainda não informou se Márcia ficará presa ou apenas detida e solta posteriormente.

Menina foi encontrada em São Gonçalo

Anna Júlia foi achada nesta quinta-feira no bairro Engenho Pequeno, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A avó foi encontrada com a menina por homens do 7º BPM (São Gonçalo).

Conforme O DIA revelou nesta quinta, segundo a família da criança, Anna Júlia foi levada pela comerciante, da casa dos pais, em Juiz de Fora (MG), em julho do ano passado. Pâmela Pessanha Franco, de 29 anos, filha de Márcia, e o marido, o comerciante Vagner Moreira Araújo, de 34, pai da menina, dizem não ter tido mais notícias de Anna Júlia. Eles oferecem recompensa de R$ 5 mil por informações do paradeiro dela.

Márcia e o marido, Vitor Frasson Franco, que são avós da menina são acusados de sequestro, fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapaz e desobediência à decisão judicial.“Estamos desesperados. Ela (Márcia) tem obsessão por Anna Júlia, diz que é mãe, e não avó da menina”, afirmou Pâmela.

Na ocasião do sequestro, o juiz Jerônimo da Silveira Kalife, da Vara da Infância, Juventude e do Idoso de Niterói, expediu mandado de busca e apreensão de Anna Júlia.

O mesmo já havia sido feito pela juíza Maria Cecília Gollner Stephan, da Vara da Infância e da Juventude de Juiz de Fora. O caso foi registrado como sequestro ou cárcere privado na 79ª DP (Jurujuba), em Niterói, conforme o Registro de Ocorrência 01407/12.

Márcia e Vitor — donos de loja de produtos para noivas no bairro São Francisco, em Niterói, onde moram, e de salão de festas no bairro Mutuá, em São Gonçalo —, não retornaram as ligações feitas pelo DIA nesta quarta-feira para falar sobre o assunto.

Irmãozinho de 3 anos sofre com saudade de Anna Júlia

Em certidão anexada ao registro da 79ª DP, uma oficial de Justiça de Niterói ressalta que conseguiu manter apenas contato telefônico no dia 18 de julho com Márcia Barroso Peçanha Franco.
Foto: Divulgação

Ela teria alegado que estava em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Sem fornecer o endereço, ela teria dito que não devolveria a neta aos pais. “Não vou devolvê-la. Se quiser, chame a polícia”, relatou a oficial no documento. O advogado Roberto Vitagliano, contratado por Pâmela e Vagner, disse que, além dos pais, o irmão mais novo de Anna Júlia, Gabriel, 3 anos, "também está sofrendo".

“Minha cliente está deprimida com a situação absurda, e o menino tem ajuda psicológica por causa da saudade da irmã”, comentou Vitagliano, ressaltando que Anna estaria fora da escola e isolada da convivência com outras pessoas.

"Calúnias" e corpo de delito

Os pais de Anna Júlia também tentam obter pistas da menina pela internet. “Ajudem a encontrar nossa filha, desaparecida desde o dia 13 de julho de 2012 !”, postou Pâmela no Facebook, com a reprodução do panfleto onde coloca a foto dos pais, apontados como os sequestradores.

Vagner, por sua vez, alega que, desde o nascimento da filha, a sogra começou a perseguí-lo com "calúnias". “Minha filha teve que fazer três exames de corpo de delito, porque ela (Márcia) me acusou na polícia de ter violentado sexualmente Anna Júlia e tê-la submetido a maus-tratos.

Todos os exames deram negativos, e um legista chegou a dizer que ela estava ficando traumatizada com tantos exames”, contou, lembrando que Márcia, em 2010, chegou a obter a guarda da neta, mas a ordem judicial só durou 25 dias.


Fonte: O Dia

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