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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

CONHEÇA O CEARENSE ULTRA INTELIGENTE EM MATEMÁTICA

Ceará tem 1,1% de estudantes ultra inteligentes em Matemática; estado é o 6º do Brasil
Chamados de top performers pela OCDE, os alunos que apresentam maior desempenho no Pisa são “capazes de desenvolver e trabalhar com modelos de situações complexas"
Pedro Costa é medalhista de ouro por 5 vezes consecutivas na Olimpíada Brasileira de Matemática

Pedro Henrique Alencar Costa, de 16 anos, é um aluno dedicado. Medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas(Obmep) na categoria 3 (ensino médio), o jovem acorda muito cedo para ir ao Colégio Militar de Fortaleza. Durante a manhã, ele cursa as aulas regulares do 1º ano do Ensino Médio e à tarde continua na instituição para as aulas especializadas, destinadas ao aprofundamento do conhecimento visando os concursos e olimpíadas nacionais.

Ele quase não fica em casa. O colégio é sua 2ª residência. Geralmente as aulas vão até as 20h30. Vez ou outra sai às 16h30. É uma rotina dura. Quando indagado sobre atividades de lazer, Pedro responde: “Lazer? Só no final de semana.”.

A rotina de Pedro Costa é semelhante a dos estudantes cearenses considerados ultra inteligentes pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Ceará, 1,1% dos estudantes entrevistados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa – sigla em inglês) 2012 são considerados top performers. O órgão aplica o Pisa a cada três anos.

No ranking de estados com maior taxa de estudantes ultra inteligentes em Matemática, o Ceará se encontra em 6º, com a mesma pontuação de São Paulo. Chamados de top performers pela OCDE, os alunos que apresentam maior desempenho no Pisa são “capazes de desenvolver e trabalhar com modelos de situações complexas, e trabalhar estrategicamente usando habilidades amplas, bem desenvolvidas de pensamento e raciocínio”.

Para alcançar o topo, é preciso estar entre os níveis 5 e 6 – o último – no Pisa 2012. De acordo com esses níveis, classifica-se o desempenho do aluno em: muito alto (ultra inteligentes – níveis 5 e 6), alto (nível 4), regular (níveis 2 e 3) e baixo (Nível 1 ou abaixo disso) Em casos de empate, venceram os estados com menor percentual de alunos de desempenho baixo.

Desempenho em Matemática

Desde a primeira edição da Obmep, em 1995, o Colégio Militar vem alcançando excelentes resultados (FOTO: Divulgação)

A competência dos alunos cearenses em Matemática foi comprovada durante a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A competição é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e Inovação, pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e tem o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Na relação, o Ceará obteve 12 medalhas de ouro, 30 de prata e 140 de bronze. Entre os medalhistas de outro, 10 eram do Colégio Militar.

Desde a primeira edição da Obmep, em 1995, o Colégio Militar vem alcançando excelentes resultados. Este ano, dos 57 alunos classificados para a segunda fase, 54 foram premiados com medalhas de ouro, prata, bronze, ou, com menção honrosa. Esses resultados são recebidos com muito orgulho por parte do professor e coordenador do ensino em Matemática, Major Klinger: “Em termos de resultado é um dos melhores já alcançados. Realmente é muito satisfatório, mas acreditamos que sempre é possível melhorar.”, explica.

Segundo o professor, O CMF procura oferecer aulas voltadas para essas competições, mas o sucesso nos resultados deve-se tanto pela qualidade do ensino ministrado quanto pela busca dos alunos em aprofundar os conhecimentos adquiridos. Além disso, o apoio da família e da escola é fundamental para incentivar esses alunos a participarem dessas competições.

Pedro Costa é a prova desse sucesso

Aluno do CMF desde 2009, Pedro é medalha de ouro pela 5ª vez consecutiva e já participou dos três níveis da competição: nível 1, para alunos do 6º ao 7º ano, nível 2, para alunos do 8º ao 9º ano, e nível 3, para alunos do ensino médio. Com preparo e determinação, Pedro dedica-se a competições nacionais e internacionais e alcança resultados positivos.

Por conta de seu desempenho na Obmep, Pedro ganhou uma bolsa do Programa de Iniciação Científica (PIC) e outra da Preparação Especial para Competições Internacionais (PECI), que o possibilitou a assistir aulas no Rio de Janeiro destinadas aos 13 alunos de nível mais elevado, e, consequentemente, participou duas vezes daOlimpíada Matemática Rioplatense, que conta com a participação dos melhores alunos da América Latina.

Para Pedro, a experiência nessas competições é muito incentivadora, mas ressalta que é necessário esforço e habilidade: “Além do estudo normal do dia-a-dia, é preciso gostar de participar de olimpíadas. Além disso, eu vejo como uma espécie de dom, pois algumas pessoas tem mais facilidade e outras encontram mais dificuldade para obter um bom resultado.”

Fonte: Tribuna do Ceará

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