Policiais da 12ª DP (Copacabana), na Zona Sul do Rio, prenderam Fred Henrique Lima Moreira. Segundo os investigadores, durante três dias, ele agrediu, torturou e manteve em cárcere privado a própria namorada.
Na porta da delegacia, a vítima - a jornalista Ana Luiza - lembrou do que a levou a denunciar seu agressor e do quanto esteve perto de morrer.
"Eu reagi. A gente às vezes dá um 'start' na nossa vida e não podemos perder tempo. Então, pensei: 'É agora ou vou morrer'. E eu ia morrer. Poderia ter infecionado minha mandíbula. A fratura poderia ter pego a veia. Se eu continuasse lá, iria morrer. A mulher deve ser respeitada, amada, cuidada".
Responsável pelo caso, a delegada Natacha Oliveira descreveu como o caso chegou à polícia.
"Na sexta-feira (29), a Ana compareceu à delegacia com muitos sinais evidentes de lesões corporais - principalmente na região da face. Ela informou que, durante esses três dias, o Fred a manteve em cárcere privado e a espancou várias vezes. Além da agressão física, ela também foi submetida a tortura psicológica", disse a delegada Natacha Oliveira.
Exames em uma unidade hospitalar constataram um traumatismo craniano e fratura na mandíbula. Ela permaneceu internada até quarta-feira (4).
"Foi ciúme, misturado com loucura. Ele cria histórias na cabeça dele - falou que tinha clonado meu celular. Ele inventou um motivo e partiu para cima de mim - está aqui o resultado. Estou com uma mandíbula de titânio, estou torta."
(g1)
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