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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Pai faz alerta depois que filho de 10 anos mandou fotos para um estranho em troca de crédito em jogos de videogame

Uma das coisas mais assustadoras sobre as crianças terem acesso à internet é que você nunca sabe o que elas podem encontrar ou, pior ainda, com quem elas podem estar em contato. Um pai, de Perth, Austrália, só se deu conta desse perigo depois de descobrir que o filho de 10 anos estava enviando fotos para um estranho que conheceu online.

Em entrevista ao 7news, o pai disse que foi checar o telefone do filho em um grupo do Whatsapp, cujo nome era ‘melhores amigos para toda a vida’ e achou estranho. Quando deslizou para checar as mensagens, percebeu que o filho estava em comunicação com pessoas estranhas há dois anos.

Eles se conheceram originalmente em um jogo do Xbox, depois começaram a se falar no Whatsapp. O pai ficou horrorizado ao descobrir que o filho havia enviado à pessoa fotos em troca de $ 300 dólares (cerca de R$ 1.500) em vouchers do Xbox.

Depois que descobriu as mensagens, o pai perguntou ao filho: “’Qual é o nome deles?’ e ele não podia me dizer’”, disse ao 7News. Segundo ele, havia uma mensagem de texto em que o aliciador dizia: ‘oi, como vai você?’… ‘acho que você não quer esse voucher?’, explicou. O pai disse que ficou tão transtornado e se sentindo culpado que pensou até em fazer uma besteira contra ele próprio.

Agora, ele quer alertar outros pais para ficarem atentos com quem seus filhos estão falando online. “Temos esta mentalidade como pais de achar que isso nunca acontecerá com o nosso filho. Mas aconteceu e eu estou transtornado e me sentindo culpado’, alerta.

8 dicas para garantir a segurança das crianças na internet


1. Evite mostrar detalhes da rotina

Cuidado com as informações que as imagens podem revelar. O uniforme que tem o nome da escola, a foto da hora do almoço que mostra quando as crianças chegam em casa, a selfie em frente ao condomínio.

2. Só no privado

Quer muito dividir aquele momento fofo do seu filho com os parentes e amigos? Em vez de compartilhar nas redes sociais, crie um grupo restrito. Mantenha as configurações de segurança no modo privado e oriente seus familiares a não divulgarem fotos das crianças – mesmo em grupos do WhatsApp – sem a sua autorização. Vale também instalar o sistema de mensagens criptografadas, garantindo que apenas o destinatário consiga abrir o conteúdo. Isso faz com que, se o processo de compartilhamento por acaso for invadido, o hacker não consiga abrir os arquivos porque não tem a chave de segurança.

3. Jamais poste fotos de partes ou situações íntimas

Esse conselho pode parecer óbvio, mas não é. Fotos do bebê no penico, da primeira vez que ele usa o vaso sanitário, ou da hora do banho podem adquirir uma conotação maliciosa se caírem nas mãos erradas. Além disso, em grupos de mães, é comum encontrar imagens de genitais das crianças, junto com pedidos de opiniões sobre assaduras e outros problemas de pele.

4. Faça backup

É importante descarregar constantemente as fotos das crianças que ficam nos dispositivos móveis. Caso o aparelho seja roubado ou perdido, evita-se que um desconhecido tenha acesso às imagens.

5. Cuidado com os check-ins

Muitos celulares estão automaticamente configurados para registrar a localização e, muitas vezes, postá-la junto com uma atualização ou imagem.

6. Use as plataformas infantis

O YouTube oferece um canal só para os pequenos, o YouTube Kids. Da mesma forma, o Google também tem o Kindle, que funciona de maneira idêntica ao buscador, mas com filtragem de conteúdo impróprio para crianças. É possível, ainda, utilizar o filtro de pesquisa SafeSearch, disponível nas configurações do Google. Essas ferramentas também estão disponíveis no celular e, quando ativadas, minimizam as chances das crianças entrarem em contato com o conteúdo adulto. Ainda assim, vale lembrar: elas não são infalíveis.

7. Converse com a criança

A educação digital é a melhor forma de proteger seu filho. É preciso, desde cedo, criar a consciência de que, uma vez que qualquer conteúdo é colocado na internet, não há mais como apagá-lo e se perde o controle sobre ele.

8. Peça ajuda

A ONG SaferNet disponibiliza canal para responder às dúvidas dos pais, que oferece atendimento por e-mail, chat e telefone. Acesse: new.safernet.org.br/helpline

(Folha do Estado)

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