O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, publicou neste domingo (1º) um pronunciamento em suas redes sociais, reafirmando sua decisão de permanecer nos Estados Unidos, onde está desde 27 de fevereiro de 2025. Em um vídeo que gerou ampla repercussão, Eduardo alega estar em um “exílio político” devido ao que classifica como perseguição judicial no Brasil, especialmente por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O parlamentar, que se licenciou do mandato por 122 dias em março, intensificou suas críticas ao Judiciário brasileiro, acusando-o de impor um “estado de exceção” e cercear a liberdade de expressão no país.
Contexto da Decisão de Eduardo
Eduardo Bolsonaro anunciou sua licença do mandato em 18 de março, após semanas nos EUA, onde participou de eventos como a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) e se reuniu com figuras políticas americanas, incluindo aliados do presidente Donald Trump. Ele justificou a permanência no exterior como uma estratégia para pressionar o governo Trump a impor sanções contra autoridades brasileiras, com foco em Alexandre de Moraes, a quem acusa de abuso de autoridade. “Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos”, declarou à CNN Brasil, em entrevista no mesmo dia do anúncio da licença.
A decisão de Eduardo foi tomada em meio a investigações no STF sobre supostas tentativas de golpe de Estado em 2022, envolvendo seu pai, Jair Bolsonaro, e aliados. Embora o próprio Eduardo não seja alvo de mandados judiciais ou pedidos de prisão, ele cita a possibilidade de apreensão de seu passaporte como um risco iminente, apesar de Moraes ter negado tal medida. Parlamentares do PT e membros do governo Lula veem a atitude como uma tentativa de vitimização e difamação do Brasil no exterior, enquanto aliados bolsonaristas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o deputado Zucco (PL-RS), manifestaram apoio, classificando a decisão como uma “missão histórica” para denunciar supostos abusos no Brasil.
Fonte: Conexão Política
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