CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA - UNINTA

DETETIVE PARTICULAR - INVESTIGAÇÃO CONJUGAL

SOBRALNET - A MELHOR INTERNET DO BRASIL!


 

SIGA-NOS NO INSTAGRAM

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Morador de SC ganha na loteria e perde quase tudo no tigrinho: “prejuízo de R$ 3 milhões”

Um empresário de Blumenau afirma ter perdido mais de R$ 3 milhões em uma plataforma de apostas online divulgada pela influenciadora de Brusque, Ianka Cristini. As apostas aconteceram entre fevereiro e junho de 2024. O caso foi revelado em entrevista exclusiva ao jornal O Município, assinada pelo repórter João Henrique Krieger, nesta segunda-feira (1º).


Audiência no Ministério Público

O homem, que pediu para não ter sua identidade divulgada, relatou que participou de uma audiência no Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), onde o caso é investigado como suposto golpe. Segundo ele, foi informado de que é a pessoa que mais perdeu dinheiro em uma plataforma de apostas no estado.

“Me parece que o sistema judicial quis tirar a culpa dela. Então, tive que pagar o recurso para assegurar meus valores. Mas na audiência com a promotoria me disseram que eu sou a pessoa que mais perdeu dinheiro em uma plataforma de apostas em Santa Catarina”, afirmou.
Retorno às redes sociais

A decisão de expor o caso veio após o retorno de Ianka às redes sociais, no dia 28 de agosto, depois de mais de sete meses afastada desde sua prisão em 14 de janeiro, na investigação do chamado “jogo do tigrinho”. O processo ainda segue na Justiça.

“Ela voltou à ativa e as pessoas que ficaram no prejuízo vão continuar assim. É como se ela se ausentasse do problema. Ela é culpada, pois divulgava e patrocinava a plataforma nas redes. Dos R$ 3 milhões que eu joguei, ela ganhava em média de 10% a 15% de comissão. Tirou uns R$ 400 mil só em cima do meu prejuízo”, disse o empresário ao jornal O Município.

A reportagem destacou que buscou a defesa da influenciadora em diversas tentativas de contato, mas até a publicação não houve retorno.


Como começou

Segundo o empresário, tudo começou em fevereiro de 2024, quando viu uma publicação de Ianka Cristini no Instagram. Sem experiência em apostas virtuais, decidiu investir R$ 10 mil logo na primeira tentativa, mas perdeu o valor em minutos.

Em poucos dias, já acumulava perdas de R$ 150 mil. Nos meses seguintes, os prejuízos ultrapassaram R$ 3 milhões. O valor apostado era parte de um prêmio de Mega-Sena que havia recebido em 2022.

“Quando eu depositava alto, eu não ganhava. Quando era R$ 1 mil ou R$ 2 mil, eu ganhava. Isso é para induzir a pessoa a aumentar a aposta, mas você não ganha nada”, explicou.


Venda de bens e dívidas

Para tentar recuperar o dinheiro perdido, o empresário vendeu um carro de luxo por cerca de R$ 140 mil e ainda fez um empréstimo de R$ 790 mil. A situação se agravou em junho de 2024, quando sua padaria fechou por falta de mão de obra.

“Esse momento foi uma virada de chave, só aí eu fui ver como cheguei naquela situação. O empresário não pode ter vício, porque quando alguém perde R$ 1 mil já quer recuperar, imagina quem perde R$ 100 mil. A pessoa faz qualquer coisa para não ficar no prejuízo”, disse.

Hoje, ele responde a ações trabalhistas e mantém dívidas, mas já investiu em um novo empreendimento em Blumenau. Caso consiga reaver os valores, pretende quitar todos os débitos.


Processo contra Ianka Cristini

A influenciadora foi presa junto com o marido, Bruno Martins, em 14 de janeiro, durante a operação Lance Final, conduzida pelo Gaeco em parceria com o MP-SC. A investigação apura um suposto esquema de fraudes ligado ao “Jogo do Tigrinho”, que teria simulado ganhos para incentivar seguidores a apostar, gerando lucros milionários para os investigados.

Na época, a prisão preventiva foi decretada por risco de fuga, já que o casal mantém residência na Flórida, nos Estados Unidos, e pela possibilidade de ocultação de provas. Poucos dias depois, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina revogou a decisão e determinou prisão domiciliar.

Recentemente, o TJ-SC autorizou o retorno de Ianka às redes sociais e a concessão de entrevistas. Em nota, as bancas Mathaus Agacci Advogados e Bezerra Nunes Imparato Advogados afirmaram que a decisão representa “mais um capítulo positivo na busca incessante pela demonstração da inocência” da cliente.

O processo segue em sigilo de Justiça.

Via portal Jornal Razão

0 comentários:

Postar um comentário

Comente esta matéria

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More