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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Ceará tem redução de 63% em casos de dengue em 2023

Em 2023, os casos de dengue no Ceará tiveram diminuição de 63,2%, quando comparados aos de 2022. Foram 14.151 casos confirmados da doença, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). No ano anterior, o número chegou a 38.487. Em Fortaleza, a quantidade de registros também diminuiu em 70%.

A partir de fevereiro, 16 estados e o Distrito Federal serão contemplados com a vacina contra a dengue, distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nenhum município cearense foi incluído na primeira remessa.

O Ceará segue a tendência de outros estados do Nordeste, que também apresentaram redução no número de casos no período. As regiões Sul e Sudeste foram as que tiveram maior crescimento de infecções pela doença.

Ana Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Estado, explica que estados com maior incidência de casos foram priorizados pelo Ministério da Saúde devido à capacidade insuficiente de produção de doses da vacina por parte da farmacêutica responsável. “O estado do Ceará, analisando nos últimos anos, não tem ocorrência elevada de casos como nós temos hoje em dia na região do Sul e Sudeste”, afirma.

A redução registrada em 2023 não pode ser explicada por um único fator, segundo Nélio Moraes, coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza. Aspectos como calor, chuva e umidade, bem como a exposição prolongada da população aos sorotipos 1 e 2 da dengue, adquirindo imunidade, podem influenciar.

Ele também destaca as ações de controle feitas pela pasta para diminuir a quantidade de focos de Aedes Aegypti na Capital, prevenindo a proliferação do mosquito e, consequentemente, a transmissão das arboviroses. O coordenador lamenta Fortaleza não receber doses da vacina, mas reconhece que há municípios em situação mais crítica.

“Fizemos o dever de casa, respondemos à altura, mas nesse cenário ficamos de fora. Mas espero que em 2025, em harmonia com o laboratório, a produção seja ampliada e que a gente tenha vacina suficiente para proteger a população”, diz. O Ministério da Saúde realizou a compra de 5,2 milhões de doses para 2024 e 9 milhões para 2025.

Ressurgimento de sorotipo 3 preocupa

Quem se infecta com um sorotipo da dengue adquire imunidade contra ele. No entanto, ainda está suscetível a infecções por outros sorotipos da doença. No Ceará, o sorotipo DENV 1 e 2 são predominantes há anos, o que significa que grande parte da população já teve contato com eles. Já os DENV 3 e 4 não causaram tantas doenças no Estado. Por isso, o ressurgimento do sorotipo 3 em Pernambuco no fim de 2023 preocupa.

Para Nélio, é possível que o sorotipo chegue ao Ceará devido ao intercâmbio intenso entre os dois estados. Como a última vez que o DENV 3 foi detectado no Estado foi em 2015, há uma parcela da população que não tem imunidade contra ele, pois nunca foi infectada. Isso pode resultar em um aumento de casos. “É aí que mora realmente o imenso perigo para todos nós”, diz.

“Sempre que é introduzido um novo sorotipo é uma preocupação”, diz Ana Cabral. A coordenadora acredita que é preciso fortalecer a rede de saúde e seguir os protocolos de contingência e controle do vetor da doença. Devido ao caráter endêmico da dengue, com casos sendo registrados todos os anos, a preparação para o combate precisa ocorrer independente de novos sorotipos ou fatores climáticos agravantes, como o El Niño.

O POVO

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Com doses limitadas, Ministério da Saúde debate estratégia de vacinação contra dengue

O Ministério da Saúde promove reunião para discutir a estratégia de vacinação contra a dengue, sendo o Brasil o primeiro país a oferecer a vacina na rede pública. A Qdenga, imunizante desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma, teve seu registro aprovado pela Anvisa em 2023 e agora é incorporado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo informações do g1, em 2023 houve 1,6 milhão de casos de dengue e 94 mortes, enquanto este ano já registra mais de 10 mil casos e sete mortes em investigação. Diante da escassez de doses, o Ministério da Saúde busca definir o público prioritário e as áreas a serem contempladas.

O imunizante Qdenga é desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma, e conseguiria fornecer cerca de 5 milhões de doses de fevereiro a novembro, considerando a necessidade de duas doses para o ciclo completo. A proposta é priorizar regiões com maior incidência da doença, embora os locais específicos ainda não tenham sido divulgados.
A Qdenga é indicada para pessoas de 4 a 60 anos e contém vírus vivos atenuados da dengue, induzindo respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus. A vacina é liberada para quem já teve dengue ou nunca foi infectado, exceto para aqueles com alergias a componentes, sistema imunológico comprometido, condições imunossupressoras, gestantes e lactantes.

Aprovada pela Anvisa em março de 2023, a Qdenga agora faz parte das vacinas gratuitas oferecidas pelo SUS.

A Voz de Santa Quiteria

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