Um ano após o terremoto e tsunami que atingiram o
nordeste do Japão no dia 11 de março de 2011 o país ainda trabalha na
reconstrução dos estragos causados pelo desastre que provocou a retirada de
mais de 300 mil pessoas.
De acordo com o governo japonês, das 470 mil
pessoas que tiveram que se retirar de suas casas, apenas 135 mil retornaram. O restante está em casas
permanentes ou espaços alugados com o dinheiro disponibilizado pelos governos
locais.
Considerado o 7.º tremor mais forte da história, de
acordo com os dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), a
catástrofe deixou mais de 15,5 mil mortos e mais de 3 mil desaparecidosnas províncias de
Miyagi, Fukushima e Iwate, as três mais afetadas.
O desastre provocou a pior crise nuclear dos
últimos 25 anos com o vazamento na usina nuclear de Fukushima, provocando a contaminação na carne bovina, chá, arroz e
leite em pó infantil, apesar das autoridades insistirem em descartar que os
níveis de radiação detectados não representam grande risco para a saúde.
No entanto, o aumento da desconfiança dos consumidores fez com que o governo decidir que
a partir do dia 1.º de abril deste ano adotar medidas mais rigorosas para os
alimentos.
Um relatório organizado pela ONG Greenpeace
intitulado "Lições de Fukushima" divulgado
recentemente aponta que o acidente não foi causado pelo desastre natural, mas
por uma série de falhas do governo japonês, dos órgãos reguladores e da indústria nuclear.
“Embora
causado pelo tsunami de 11 de março, o desastre de Fukushima foi, em última
instância, culpa das autoridades japonesas, que optaram por ignorar os riscos e
fazer dos negócios uma prioridade mais alta que a segurança”, disse Jan Vande
Putte, da campanha de energia nuclear do Greenpeace Internacional.
“Este
relatório demonstra que a energia nuclear é insegura e que os governos são
rápidos em aprovar reatores, mas continuam mal preparados para lidar com
problemas e proteger as pessoas de desastres nucleares. Esta situação não mudou
desde o desastre de Fukushima e é por isso que milhares de pessoas continuam
expostas a riscos nucleares”, acrescenta.
Fonte: Pop
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