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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fetos humanos encontrados abandonados em matagal

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Desrespeito à vida: os nove fetos em vidros fechados com formol foram encontrados por policiais do Ronda do Quarteirão, avisados por crianças que brincavam na área 
CLEVIS OLIVEIRA

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Embora estivesse em diligências durante a noite de ontem, a Polícia local não tem pistas dos responsáveis pelo crime

Sobral. A Polícia sobralense investiga nove fetos humanos encontrados abandonados num matagal, no bairro Dom Expedito, no fim da manhã do feriado de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças. Os fetos estavam em frascos de vidros fechados com formol, e foram achados por policiais do Ronda do Quarteirão, após aviso de crianças que brincavam no local.

Os fetos estão no Instituto Médico Legal (IML) de Sobral (250Km de Fortaleza) aguardando uma determinação da Polícia Civil para fazer os exames cadavéricos. A Polícia trabalha com duas linhas de investigação. Há suspeita de clínicas clandestinas de aborto ou que os fetos foram jogados por alguma escola, instituto de pesquisa, laboratório ou universidade.

Investigação
O delegado Weidmann Braga afirma que há suspeitas de que o material tenha sido descartado por clínicas de aborto ou instituições de pesquisa. "Estamos convocando universidades, hospitais, clínicas e instituições que apresentem trabalhos laboratoriais com este tipo de material para prestar esclarecimentos", revela Braga.

A supervisora do IML, Eliete Torres, aguarda o recebimento das guias policiais para a produção dos laudos médicos. O delegado Weidmann Braga confirma que as guias serão enviadas até hoje.

Ontem, ele o delegado regional de Sobral, Hebert Silva, estavam em diligências investigando o caso.

Até a noite de ontem, os delegados da Regional de Sobral estavam em diligências para descobrir de onde partiu os fetos que foram encontrados no matagal. Todos os depoimentos colhidos ontem formaram o inquérito aberto.

O titular da Regional, delegado Hebert Silva, comanda a investigação com auxílio do delegado Weidemann Braga.

O grupo de crianças que encontrou os fetos, quando brincava de baladeira no terreno baldio, chamou imediatamente os guardas do Ronda do Quarteirão, que passavam pelo local numa viatura. Todo procedimento de recolhimento do material foi feito pela Polícia Forense, que levou os frascos para o Instituto Médico Legal.

Já a princípio, os vidros continuam à disposição da Justiça para fazer os exames cadavéricos. Um perito que não quis se identificar disse que "não será preciso fazer necropsia, uma vez que os fetos estão em formol". Ele suspeita que o material foi jogado por alguns alunos após estudos realizados a mando das escolas que estudam.

RevoltaA população sobralense reagiu com indignação ao abandono dos nove fetos na periferia de Sobral. "Isso não é coisa de Deus, pois Ele disse não ao aborto. Deus ama as crianças", disse a moradora Claudyane Daiane. Segundo ela, "quem fez isso é um mostro e que não tem Deus no coração".

Claudyane Daiane condena as mães que fizeram o aborto. "Se elas não queriam ter o filho porque não usaram camisinha?. Tem tantas coisas para prevenir e não engravidar para depois jogar fora", revolta-se. A moradora finaliza afirmando que "um desses fetos poderia ser uma criança feliz".

EspeculaçõesO morador Marcos Duarte suspeita que os fetos foram jogados por clínicas clandestinas. "Perguntar se em Sobral existe clínicas que praticam o aborto ou é ironia ou excesso de ingenuidade", afirmou, destacando que "o aborto é uma das modalidades de crime mais cruéis que existe, pois se tira a vida de um ser humano indefeso".

Ele salienta que "o que leva a cada dia crescer a prática deste ato de barbárie é justamente a banalização da vida e falta de formação cristã". De acordo com Duarte, "o próprio governo promove uma campanha de apologia à prática do sexo na adolescência, quando distribui preservativos nas escolas públicas".

O analista técnico Tomaz Machado também lamenta que ainda se faça aborto. "Não se valoriza mais a vida humana. As pessoas estão se tornando insensíveis", alerta.

Para Machado, este fato tem um lado positivo. "O da gente repensar o comportamento humano. Estamos aqui para uma passagem, mas não que ela seja tão curta assim", observa, ressaltando que "devemos tratar melhor a vida que Deus nos dá. Isso, então, nos faz pensar em valorizar a vida desde o nascimento até a morte", afirma o analista técnico.

LAURIBERTO BRAGAREPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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