Fosse nalguma tribo indígena da Amazônia, em algum confronto com garimpeiros, com certeza seria uma situação corriqueira, mas na madrugada deste domingo, 23, “Índio”, como é conhecido o pedreiro Francisco Júlio Graciano Júnior, 27 anos, tentou matar o próprio pai, de 56, com uma machadinha. Ele alegou que estava embriagado e não recordava o que havia feito. Sobre a machadinha, disse que matinha em casa, mas apenas para afazeres domésticos. Quanto ao apelido, vem da infância. Gostava de cabelos compridos e usava uma tiara.
Além do curioso fato do acusado usar um rudimentar instrumento produzido artesanalmente e utilizado por tribos nativas, ao ser preso ele se identificou como sendo um de seus irmãos, Antonio Júnior Graciano de Lima. Todavia, o policial Gilberto Lima, plantonista da Delegacia Regional de Quixadá, logo descobriu a farsa. De acordo com o inspetor, os dois irmãos de Índio estão mortos. Foram assassinados faz alguns anos. Para completar a tragédia familiar, as duas irmãs estão presas, por furto, e o pai, o vigia Geraldo Graciano de Lima, decidiu processá-lo por tentativa de homicídio.
Hoje, além da tatuagem no ombro que lhe rendeu o peculiar pseudônimo, Índio carrega um latrocínio nas costas. O crime foi praticado há cerca de seis anos. Ele assassinou um cliente dentro do banheiro da Churrascaria Brasil para roubar o relógio e uma carteira contendo dinheiro da vítima. Ele foi preso e ganhou liberdade condicional havia um ano. Estava trabalhando em uma pedreira, no distrito de Várzea da Onça, na zona rural de Quixadá. Como nos presídios brasileiros não existem trabalhos forçados devei ficar com saudades do ofício. Ele poderá ser recolhido novamente, por quebra do regime carcerário.
Fonte: Alex Pimentel
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