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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Menina que não se alimenta pela boca é operada às pressas

Caliane passou por uma cirurgia de emergência no fim de semana.
Há dez anos, menina utiliza 2 bombas infusoras para poder se alimentar.
Caliane foi operada na última segunda-feira (17), no
Sírio Libanês, em SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Gislaine foi às ruas pedir ajuda ajuda no trânsito para
conseguir operar a filha (Foto: Fabio Rodrigues/G1)


Caliane Boni Roque da Silva, de São Carlos (SP), passou por uma cirurgia de emergência neste fim de semana no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde ela está internada desde sexta-feira (14). A menina de 10 anos teve complicações com a cicatrização em decorrência da longa operação que realizou na semana para tentar reverter um problema no aparelho digestivo. Segundo a mãe da garota, Gislaine Clara Boni, de 30 anos, a filha passa bem, mas continua na UTI e respira com a ajuda de aparelhos. Por recomendação médica, ela é mantida sedada.

Caliane foi levada às pressas para a mesa de cirurgia, que durou aproximadamente três horas. “O médicos precisaram refazer o duodeno, que liga o estômago ao intestino delgado. Foi um susto, mas ao final ficamos todos aliviados. Graças a Deus ela se recupera bem”, disse Boni ao G1.

Na última segunda-feira (17), Caliane já havia passado por uma cirurgia que durou oito horas. A equipe médica tentou realizar dois procedimentos que ajudariam menina a se alimentar pela boca pela primeira vez, mas o principal deles não deu certo. De acordo a mãe, a estrutura do organismo da filha está comprometida devido às complicações que ela sofreu ao longo das várias operações que já realizou.

Desde o nascimento, a garota recebe alimento líquido, que é injetado por duas bombas infusoras. O nutriente especial tem um custo mensal de R$ 5 mil, que é coberto pelo plano de saúde da família. A mãe de Caliane diz que a filha foi vítima de um erro médico quando tinha três dias de vida. Diagnosticada com hérnia de hiato, a bebê passou por um procedimento cirúrgico que deu errado. Desde então ela convive com as sequelas.

Segundo Boni, o médico que operou a filha, o especialista em cirurgia pediátrica João Gilberto Maksoud, descarta um novo procedimento devido às condições de saúde da menina. A equipe médica planeja um estudo com alguma possibilidade de tratamento para que a Caliane possa ter uma vida normal.


Campanha

A história da menina de São Carlos ficou conhecida após os pais dela iniciarem uma campanha para arrecadar recursos para a operação, com custo estimado em R$ 120 mil. A princípio, o plano de saúde se recusou a pagar o valor. Desesperada com a situação, a família utilizou as redes sociais para conseguir ajuda. O apelo atingiu um grande número de pessoas que se sensibilizaram com o caso. Em um mês, foram arrecadados cerca de R$ 50 mil.

Com faixas, panfletos e camisetas, um grupo formado familiares e amigos foram às ruas da cidade e também do município vizinho Ibaté (SP) realizar pedágios para levantar recursos. Eles também promoveram um jantar beneficente e contaram com a ajuda de empresários. Com a repercussão do caso, as pessoas passaram a acreditar que não se trata de um golpe, contou o pai da menina, Emerson Filipin, de 35 anos.

Por fim, um dia antes da internação da garota, na quinta-feira (13), uma liminar concedida pela 2ª Vara Cível de São Carlos obrigou a Fundação Cesp a arcar com o custo de uma cirurgia.

A mãe de Caliane conta que o dinheiro arrecadado continua na conta da menina e, caso não precise ser usado, na hipótese de a decisão judicial ser definitiva, doará tudo para outra criança que precise de ajuda e que não tenha condições. “Faremos isso em comum acordo com os empresários que nos ajudaram e de uma forma transparente para toda a população”, afirma Boni.


Globo

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