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quarta-feira, 17 de julho de 2013

CEARÁ | Segurança Pública domina debate na Assembleia Legislativa


Os deputados estaduais discutiram, ontem, mais uma vez o aumento da violência no Estado e cobraram medidas urgentes do Governo para amenizar a situação. Muitas críticas foram feitas as políticas públicas adotadas, sobretudo o Programa Ronda do Quarteirão, que, de acordo com a oposição, não surtiu o efeito esperado pelo governador Cid Gomes (PSB). Para debater o assunto, solicitaram abertura de diálogo por parte do governador e a vinda do secretário de Segurança Pública, coronel Francisco Bezerra, antes do recesso parlamentar previsto para ter início hoje.

O debate foi motivado pela morte do padre Elvis Marcelino de Lima, diretor do Centro Educacional Piamarta, Aguanambi, assassinado quando saía do Dragão do Mar, no último sábado.

ABERTURA DE DIÁLOGO

O primeiro a falar foi o deputado Fernando Hugo (PSB). O tucano cobrou abertura de diálogo de Cid Gomes com os deputados sobre segurança pública. Segundo justificou, a situação está “insuportável” e, portanto, exige uma alteração nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo. “Não se pode querer tapar o sol com a peneira. A barbárie se instalou no Estado”, disse o tucano, citando, além da morte do padre Elvis, outros casos de violência divulgados pela imprensa. Solicitou, ainda, ao governador Cid Gomes e seus secretários fossem para o meio da tropa sentir o que está havendo com os policiais militares e, caso necessário, “raspar o tacho” dos cofres públicos para aumentar os salários destes profissionais da segurança pública.

Em seu pronunciamento, a deputada Eliane Novais (PSB) disse reconhecer que o problema da violência é complexo e, portanto, necessita de análises e debates aprofundados, sob prisma da serenidade. Entretanto, exige também ações enérgicas e céleres no sentido de encontrar soluções que apontem para um novo modelo de segurança pública, que se relacione, inclusive, com outras áreas como educação e assistência social.

De tal modo, Eliane Novais considerou urgente a vinda do secretário Francisco Bezerra, da Segurança Pública, à Assembleia para debater com os parlamentares e a sociedade civil a política de segurança pública do Estado e os crescentes índices de violência que estão amedrontando a população.

MAIS COBRANÇAS

O assunto também foi abordado pelo deputado Heitor Férrer (PDT). O parlamentar, por outro lado, cobrou transparência e explicações sobre a violência no Estado. Ele desafiou o Governo, sobretudo, a esclarecer os 3.165 assassinatos ocorridos, neste ano, no Ceará, pois, conforme frisou, o programa de Segurança “faliu” e “transformou-se numa tragédia para o povo e para o gestor”, que, segundo ele, “perdeu o ânimo de tratar com zelo a segurança pública”. Heitor criticou, ainda, a política de combate às drogas. “O governo não tem tido boa vontade para resolver o problema”, reclamou o deputado.

PROJETOS

Já Antônio Carlos (PT) reconhece os investimentos feitos na área da segurança, porém, solicitou que as sugestões apontadas pelos parlamentares sejam acatadas pelo Executivo estadual. “Houve investimento, mas o que a gente tem que compreender é que está faltando algo”, salientou o petista, acrescentando que o Ceará vive, hoje, uma situação de “apavoramento” diante dos crimes não apenas na Capital, mas também no interior.

Segundo sugeriu, as políticas de segurança pública não podem ser apenas repressivas, mas também medidas de inclusão, sobretudo, com investimentos em cultura e educação para juventude.

DEFESA

Já o líder do Governo, deputado José Sarto (PSB) rebateu as críticas. De acordo ele, os índices têm preocupado o Executivo e, logo, Cid Gomes não está “omisso” aos problemas de segurança pública. Disse, ainda, que o secretário de Segurança Pública, coronel Francisco Bezerra, estará na Assembleia em agosto para debater o assunto.

Ele citou os investimentos da área pelo Governo, como contratação de novos policiais, delegacias especializadas, lembrando, também, a criação da Academia Estadual de Segurança Pública e a entrega de novas Casas de Detenção Provisória (CPPL), que, segundo ele, atende às reivindicações do Ministério Público (MP). “Neste ano, serão R$ 69 milhões investidos a mais do previsto no Orçamento”, disse, lembrando que existem índices de violências piores que o Ceará. Defendeu, ainda, modificações no modelo Judiciário brasileiro.



Fonte: www.oestadoce.com.br

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