Secretário diz desconhecer migração de criminosos para comunidade da Covanca
Forças de segurança tomaram complexo em menos de um horaGustavo Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Ações da polícia que antecederam a ocupação do Complexo do Lins, ocorrida neste domingo (6), resultaram na detenção de mais de 190 pessoas (grande parte menores de idade). As operações, que tiveram início em 20 de setembro, miraram comunidades da mesma facção criminosa do Lins, com apreensão de 74 armas, entre elas, 14 fuzis. As prisões aconteceram, inclusive, fora da capital.
As informações foram dadas em entrevista à imprensa pela cúpula da segurança pública do Rio.
Após a retomada do Lins, o governador Sérgio Cabral informou que o Complexo da Maré será ocupado nos primeiros meses de 2014.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que 197 pessoas foram presas no período. Neste domingo, até o começo da tarde, foram registradas cinco prisões no Rio. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, três detenções aconteceram na ponte Rio-Niterói. No Lins, há o registro de uma prisão.
O secretário José Mariano Beltrame comemorou a ocupação do Lins e destacou que a ação se deu em menos de uma hora e sem nenhum disparo. Questionado, ele negou que bandidos do Lins tenham migrado para a favela da Covanca, ocupada há dez dias pelo 18º Batalhão de Polícia Militar.
O conjunto de favelas do Lins e Camarista Méier, na região do Grande Méier (zona norte), recebe já a partir deste domingo duas UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), as 35ª e 36ª do Rio. Segundo Beltrame, a novidade é a atuação, a partir de agora, de 75 PMs da UPP para abordagens nas comunidades. Ele avalia essa medida como uma busca de evolução nas ações da polícia.
Amarildo
Sobre um possível temor de moradores do Lins acerca da atuação de PMs, tendo em vista a tortura e morte de Amarildo Dias na Rocinha, Beltrame pediu que a população confie no trabalho da polícia. Segundo ele, a mesma polícia elucidou o crime na favela da zona sul - dez PMs estão presos sob suspeita de envolvimento. Ele reconhece problemas, como o caso Amarildo, na política de pacificação, mas afirma que o saldo é favorável.
— Nós continuamos com um saldo positivo. São 8.600 policiais em áreas historicamente conflagradas. A Polícia trabalhou durante muito tempo dentro da Rocinha como se trabalha em qualquer área. Infelizmente, quantos outros Amarildos têm no Rio de Janeiro que as família não puderam reclamar nem o corpo?
R7
0 comentários:
Postar um comentário
Comente esta matéria