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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

REVOLTANTE: Dentista obriga criança de 10 anos a passar fezes no rosto

Uma casa muito simples, de taipa, com apenas três cômodos, de “ponta de rua”, como diz dona Joana Pereira. Ela é mãe do garotinho de dez anos, que foi obrigado pelo dentista Lucas Lages Castelo Branco, a passar fezes no rosto, no último sábado (12/12), e lá vive com mais três filhos – um de 14, uma de nove e outro de dois anos, além do menino de 10 anos.

O caso aconteceu no bairro Acarape, zona Norte de Teresina, e chamou a atenção por conta da crueldade do fato.

“A gente mora aqui só a dez minutos da casa dele, aí ela deu dor de barriga e o irmão dela disse assim: ‘segura que estamos chegando em casa’. Ela só disse que não dava, desceu a calça e fez cocô, de trás do carro. Nisso que ela se abaixou ele [dentista] viu, voltou, pegou a pistola e abordou ele [garoto]”, explicou Joana. A menina então se assustou e saiu correndo, e só o garoto ficou no local, com a arma apontada para a cabeça.

“Eles estavam só passando na rua, eu tinha mandado eles entregarem uns salgados, erraram até a casa. Eu forneço [salgados] por encomenda. Eles chegaram sem fala, e fedorentos. Ele não chegou sujo porque passou lá no posto e lhe deram um banho. Da forma que chegou eu levei para o 9ª Batalhão. Queria ir conversar com o homem, mas meu filho disse ‘não mãe, ele está estressado, estava com tanta raiva que descontou em cima de mim’”, lembrou Joana ao O Olho, já com a voz embargada.

A mulher relata que chegou na polícia passando mal, quase sem conseguir falar. Quando se recuperou conseguiu explicar o que tinha acontecido. Depois do que aconteceu, Joana não teve nenhum contato com o acusado, e como ela mesmo diz, também não pretende ter.

SUSTO GEROU TRAUMAS NA FAMÍLIA

As lágrimas já não podiam mais ser contidas, e chorando ela diz que quer apenas justiça pelo que foi feito. “Eu só quero justiça, porque por mais pobre que eu seja pobre, não maltrato meus filhos, eu não fico agredindo meus filhos, eu como meus filhos sou rica, sem eles, sou pobre. Se eu tivesse perdido meu filho, que situação eu estaria hoje?”.

O menino chegou a urinar na roupa, quando estava sob a mira da arma do odontólogo. “Eu fui atrás de um psicóloga ontem, para pegar um laudo para mandar para o advogado. Ele está assustado, não quer ficar dentro de casa só”, disse ao O Olho.

Desde que o fato aconteceu, Joana conta que não teve mais tranquilidade emocional, e que isso tem lhe trazido ainda mais problemas. “Eu não estou conseguindo trabalhar, não estou dormindo… Não deixo mais ele sair. Ontem quiseram ir para a ‘Lagoas do Norte’ brincar um pouquinho e eu tive que ir com eles. Para mim, até quando eles vão na quitanda está acontecendo alguma coisa”.
No domingo, dia seguinte após o ocorrido, ela tinha uma encomenda para entregar, mas não conseguiu fazer a tempo. O pai das duas crianças morreu cerca de um mês antes do nascimento da menina, por conta de um Acidente Vascular Cerebral, e hoje Joana cria os filhos sozinha, recebendo o apoio financeiro do pai do filho mais velho. “Sou eu que assumo todos. O pai desse [mais novo] está na Justiça, já tem dois anos que não dá pensão, era R$ 100 só provisório. Ele sumiu”, contou.

FILHO DE DENTISTA TERIA PRESENCIADO TUDO

Ainda segundo Joana, o filho de Lucas Lages teria visto tudo que aconteceu. “O filho dele também presenciou tudo, ficou só olhando, sorrindo. O que ele está passando de bom para o filho? Que exemplo ele está dando para essa criança? E o acusado dando depoimento todo tempo sorrindo, debochando, todo tempo frio”, disse ela.

O desejo da mulher é que o homem assine um termo de que não irá fazer qualquer coisa contra ela ou seus filhos. “A gente mora perto, e eu não vou embora por causa dele”. Ela já mora no local há quase 12 anos.

DELEGADO QUER CONCLUIR INQUERITO MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
Delegado Jorginho: “Ele está respondendo pelo porte ilegal da arma e no Estatuto da Criança e do Adolescente pelos maus tratos” / Foto: Vitor Sousa / O Olho

As investigações sobre o caso estão sob responsabilidade do 7º Distrito Policial, localizado no bairro Parque Alvorada, zona Norte de Teresina e da Delegacia da Infância e da Juventude. O inquérito tem 30 dias para ser concluído, mas segundo o delegado Jorginho, já deve ser entregue à Justiça na próxima semana.

“Ele foi preso pelo 9º Batalhão, levado a Central de Flagrantes e autuado no crime de porte ilegal de arma e ameaça. Quando a polícia chegou à porta da casa dele, não negou nada, apresentou a arma e foi conduzido à Central”, disse o Jorginho.

Lucas Lages foi recolhido no artigo 14 da lei 10.826/6 e no artigo 147. “No dia 13 [de dezembro] o juiz expediu um alvará de soltura. O crime é passível de fiança, dois salários mínimos. Ele está respondendo pelo porte ilegal da arma e no Estatuto da Criança e do Adolescente pelos maus tratos”, explicou o delegado.

No decorrer do processo testemunhas dos dois lados serão ouvidas, depois o caso será encaminhado à Justiça. “Ele tem porte e registro da de arma, mas existe limites no artigo 26 do decreto 5.123 de 01/07/2004 e no decreto 6.715 de 2008, que diz que ele não pode portar arma em aglomerações, em público, na cintura e nem ameaçar ou apontar a ninguém, só em legítima defesa, dentre de um estabelecimento de propriedade dele ou onde ele seja gerente geral”, finalizou Jorginho.

Na tarde do último sábado (12/12) um odontólogo identificado como Lucas Lages Castelo Branco foi preso acusado de ameaçar a criança de dez anos, usando uma arma de fogo. O motivo da ameaça teria sido por conta da criança ter defecado na calçada da casa do dentista, localizada no bairro Acarape, zona Norte de Teresina.

Empresários e políticos tentaram soltar dentista que fez criança de 9 anos passar fezes no rosto

Dois policiais que se encontravam de plantão, na tarde do último domingo (13), quando o dentista Lucas Lages Castelo Branco foi conduzido à Central de Flagrantes para ser autuado por ter colocado uma pistola na cabeça de um menino de 10 anos e da irmã de 9 anos e a obrigado a passar fezes no próprio rosto, denunciaram que “choveram” telefonemas para o delegado Luciano Alcântara, sugerindo-lhe que arbitrasse uma fiança que permitiria a liberdade do acusado.

Decidido, o delegado, segundo os mesmos policiais, não cedeu à pressão e nem arbitrou fiança, mantendo o acusado preso. Empresários e políticos cujos nomes não foram revelados, tentaram interferir no encaminhamento dado ao caso pelo delegado, fato que revoltou quem se encontrava na Central de Flagrantes, segundo ainda as mesmas fontes.

As informações são dos portais: O Olho e Carta Piaui

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