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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Brasileiros mais ricos ganham 36 vezes o que recebem os mais pobres, mostra Pnad

A discrepância entre os números foi ainda maior em termos regionais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que concentram maior número de pessoas de menor renda (iStock).
O Brasil manteve em 2016 o status de um dos países mais desiguais do mundo quando o assunto é renda, com 1% dos brasileiros com rendimento mais elevado ganhando 36 vezes mais do que metade da população, que tem os menores salários.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (Pnad) divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa pequena fatia da população mais rica tinha rendimento médio mensal de R$ 27.085 no ano passado, ao passo que o rendimento médio dos 50% com os piores salários era de apenas R$ 747, valor abaixo do salário mínimo do ano passado, de R$ 880.

A discrepância entre os números foi ainda maior em termos regionais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que concentram maior número de pessoas de menor renda.

“O Brasil tem uma das maiores desigualdades no mundo”, disse o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo. “Em tempos de crise, essa desigualdade se acentua”, acrescentou, lembrando que o período de recessão (2014 a 2016) afetou sobretudo a população de baixa renda.

O índice de GINI, uma métrica internacional para medir a desigualdade dos países, ficou em 0,525, na escala que vai de zero a 1. Quanto mais perto de zero, menor a desigualdade de um país.

No Nordeste, ainda segundo o IBGE, o GINI atingiu em 2016 0,545, enquanto que no Sul ficou em 0,465.

A Pnad de 2016 passou por uma mudança no seu questionário no item relativo ao rendimento e, por isso, os dados de agora não são comparáveis com informações divulgadas até então. O IBGE pretende ainda no primeiro semestre de 2018 publicar os dados que possam ser comparáveis a anos anteriores.

O IBGE divulgou ainda que o país tinha 1,8 milhão de crianças de 5 a 17 anos trabalhando em 2016.

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