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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Advogado é preso quando recebia bilhetes de bandidos de facções no presídio CPPL 3

Policiais penais da Força de Intervenção Penitenciária (FIP) e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) prenderam em flagrante, na tarde desta quarta-feira (22), mais um advogado que estariam servindo de “pombo-correio” entre bandidos em liberdade e líderes de facções criminosas que se encontram presos. A prisão de Artur Frota Monteiro Júnior, 36, anos, aconteceu na Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Em nota à Imprensa distribuída no fim da tarde, a SAP informou que, “os servidores notaram uma troca de documentos ilegais entre um interno e seu advogado. Os agentes abordaram o advogado Artur Frota Monteiro Júnior e encontraram bilhetes que demonstravam informações e comandos para membros do crime organizado que estão fora dos presídios.”

O advogado foi conduzido à Delegacia Metropolitana de Polícia Civil de Itaitinga (DMI), onde foi ouvido e autuado em flagrante delito.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Ceará (OAB-CE), também emitiu nota à Imprensa sobre o caso, informando que: “Através da Diretoria de Prerrogativas e do Centro de Apoio ao Advogado, a OAB-CE está apurando todos os fatos e acompanhando o caso para garantir a legalidade da prisão e também que o acusado tenha assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório. Informamos que, em caso de infração ao Código de Ética, a OAB tem o dever de abrir um processo disciplinar no Tribunal de Ética e Disciplina (TED).”

Quadrilha

No ano passado, investigações realizadas pelo Ministério Público do Estado do Ceará, através do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), resultaram na prisão de nove advogados cearenses que, segundo o MP, teriam formado uma quadrilha para praticar atos ilegais em favor de seus clientes, presos no Sistema Penitenciário. Estes seriam integrantes de facções criminosas.

O advogado Alaor Patrício Júnior foi preso quando também trocava bilhetes com detentos de uma das unidades do Sistema Penitenciário. Ele foi solto e está suspenso de suas atividades profissionais pelo prazo de um ano.

Já a advogada Elisângela Maria Mororó permanece na prisão. É acusada de envolvimento com o crime organizado e foi flagrada, na interceptação telefônica, negociando a venda de drogas com traficantes presos.

Os cinco advogados que estiveram na mira das investigações do Ministério Público Estadual (MPCE) e da Polícia Civil são: Alberto Lucas Nogueira Lima, Alaor Patrício Júnior, Rafael Paulino Pinto Neto e Elisângela Maria Mororó, além de Lucas Arruda Rolim.

(Blog do Fernando Ribeiro)

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